No livro Terra Sonâmbula, de Mia Couto, encontrei a seguinte passagem: «Os velhos nada falaram. Ficaram mastigando o tempo, renhenhando.»
Renhenhando estaria próxima de «apreciando»? Não encontrei tal palavra no Google, exceto presente na obra do próprio autor. Qual seria o seu significado?
Muito obrigado!
Gostaria de saber o significado da expressão «razão de ordem».
A expressão «razão de ordem» apresenta-se isolada, como que se fosse um título. Por exemplo: no livro Tratado de Direito Administrativo Especial, de Paulo Otero, no índice temos:
10. Criação, modificação e extinção das autarquias locais…………………………193
10.1 Razão de ordem……………………………………………………………………………………193
10.2 A situação de facto………………………………………………………………………………196 (…)
A expressão «Razão de ordem» aparece muito em obras jurídicas, quase como equivalente a «Nota introdutória» , normalmente antes de iniciar-se o tema de um determinado capítulo de um livro há uma conjunto de considerações enquadrando o que se vai dizer que se denomina de «razão de ordem». Assim como já referi, a expressão «razão de ordem» não vem acompanhada com mais qualquer palavra, aparece isolada como a denominação de parte de um livro, tal como num livro temos o «Prefácio» (a palavra que encima o texto do prefácio propriamente dito).
Gostaria de confirmar assim o seu real significado.
Porque a palavra muito é pronunciada como sendo nasalada?
É correto escrever "Estado-Maior-General" com dois hífenes? Ou será antes "Estado-Maior General"?
Gostaria de saber qual o nome atribuído aos habitantes de Novais. São "novaenses"?
Obrigada pela atenção.
Li, no manual de redação e estilo de um jornal brasileiro, a seguinte recomendação sobre o uso do termo:
«Verbos mais que errados. 1 – Há verbos que, por questão de significado, não podem ser acompanhados de que. Em geral, eles equivalem aos diversos sentidos de dizer (verbos dicendi). Veja um exemplo: alguém defende uma ideia, uma posição, mas nunca defende que alguma coisa se realize ou concretize. Assim, são erradas ou no mínimo impróprias as formas: acusar que, alertar que, antecipar que, apontar que, aprovar que, assumir que, citar que, comentar que, continuar que, defender que, definir que, denunciar que, desmentir que, difundir que, divulgar que, enfatizar que, indicar que, justificar que, mencionar que, narrar que, proferir que, prosseguir que, referir que, registrar que e relatar que. 2 – Podem, porém, ser normalmente usadas as formas: acrescentar que, adiantar que, admitir que, advertir que, afiançar que, afirmar que, aguardar que, assegurar que, asseverar que, atestar que, certificar que, comprovar que, concordar que, confirmar que, constatar que, declarar que, determinar que, dizer que, esperar que, garantir que, jurar que, negar que, ordenar que, prever que, prometer que, reiterar que, repetir que, ressaltar que, ressalvar que, revelar que e verificar que.»
Pesquisei no Ciberdúvidas e em outras fontes, mas não encontrei outra informação que refutasse ou comprovasse essa recomendação. Por esse motivo, conto com os esclarecimentos da equipe do Ciberdúvidas para conhecer as restrições e/ou as normas gramaticais que comprovam, ou não, a recomendação apresentada pelo referido manual. Como não há frases e, por isso, os verbos são apresentados fora de contexto, pergunto se os verbos dicendi citados podem, ou não, vir acompanhados de que. Nos dois casos (sim, podem/não, não podem), peço que sejam apresentados exemplos e justificativas (pois confesso que não tenho a mínima ideia do porquê da recomendação feita pelo manual).
Desde já, agradeço-lhes a resposta.
Parabéns pelo importantíssimo trabalho que realizam neste consultório e pela superação da grave crise que o Ciberdúvidas enfrentou em 2012!
Diz-se para as emulsões de «óleo-em-água» (como em inglês), ou «óleo em água»
Qual a família das palavras especial, simples e expansão?
Considerando a frase de Felizmente Há Luar!, de Sttau Monteiro, «Que sabe você de meu primo?», gerou-se uma certa discussão entre os meus pares, defendendo uns que «de meu primo» terá a função de complemento oblíquo, e outros que estamos perante um modificador do verbo.
Peço-vos uma opinião sobre esta questão.
Agradecendo antecipadamente.
Tenho encontrado na literatura (há uma expressão de Pessoa: «Inversão sexual frustre», mas principalmente em artigos de opinião escritos já no século XXI, a palavra frustre como adjectivo. O dicionário de língua portuguesa da Porto Editore contém a forma fruste, sem erre na sílaba final, na acepção que me parece a usada por Pessoa e por várias pessoas, entre as quais Vasco Pulido Valente, em artigos de opinião actuais. É frustre a versão arcaica de fruste (1. de qualidade inferior; insignificante; ordinário; 2. rude; grosseiro; 3. que não brilha; 4. MEDICINA relativo a uma forma leve ou incompleta de uma doença (Do italiano frusto, «gasto», pelo francês fruste, «idem»), ou tem outro significado? Porque é que não aparece nos principais dicionários?
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