A frase " Amanhã estarei apresentando..." pode ser considerada correta ou a melhor construção é " Amanhã apresentarei...". As duas maneiras não podem ser aceitas?
A propósito de uma explicação dada a um cibernauta que vos enviou uma missiva –– "vírgula entre o sujeito e o predicado" ––, gostaria de proceder à análise sintáctica da frase que se segue:
Joana, come o iogurte.
Nesta frase, qual é o sujeito? É inexistente, como alguns defendem? Ou é ele próprio o sujeito, como foi dito na explicação supracitada?
Já agora, porque é que a maior parte dos gramáticos mistura, nos exercícios de análise sintáctica, o verbo com o sujeito, os complementos...? O verbo é uma função sintáctica? Ou será por influência das análises generativas?
Recorro uma vez mais aos vossos préstimos para poder esclarecer alguns pormenores relacionados com a análise sintáctica. A exposição que aqui faço não é tão breve como desejaria(íamos), mas a sua extensão decorre da própria complexidade do problema.
Assim, após aturada pesquisa sobre o tema, no universo das gramáticas e prontuários, posso desde já retirar algumas ilações:
A análise sintáctica é complexa e carece de urgente reformulação e tratamento gramatical. As diferentes abordagens a esta questão revelam-se díspares no que respeita à terminologia, processos e conteúdos.
Alguns autores furtam-se a dar respostas a questões que, neste domínio, me parecem sobejamente pertinentes.
O processo de análise que vou utilizar –– o sublinhado –– também não é universal, mas é o que habitualmente adopto, por ser claro e prático.
Tomemos como exemplo aseguinte frase:
O livro foi lido pela Joana
s. p. c.a.p.
O livro foi lido pela Joana
s. p. c. a. p.
Isto é, o predicado engloba também o complemento agente da passiva (2.ª frase) ou, pelo contrário, este está excluído dessa função essencial (2.ª frase)?
O predicado é verbal, nominal ou verbo-nominal? Porquê?
Vejamos outro caso:
Fui a Lisboa
s. (subent.) p. c.c.l. (onde)
______ Fui a Lisboa
s. (subent.) p. c. c. l. (onde)
Qual é a análise correcta? De acordo com um dos exemplos anteriormente fornecidos por um dos vossos colaboradores, em tudo semelhante a este –– "A Joana caiu no poço." (?)––, será a 2ª frase. Contudo, as gramáticas, de um modo geral, afirmam que os verbo "ir", neste caso –– porque noutros pode ser núcleo de um predicado nominal ––, integra um predicado verbal. Ora, os complementos circunstanciais, segundo julgo, nunca podem integrar o predicado!
Contrariamente a esta perspectiva, a obra escolar "TDG2", da Didáctica Editora, tem uma perspectiva que, à luz dos ensinamentos mais tradicionais, é "do outro mundo". Vejamos:
"O predicado é a função sintáctica desempenhada pelo SV. O predicado pode ser:
Verbal se o seu verbo for um verbo de acção:
Transitivo se tiver complemento:
directo: A Ana come um bolo. (SV – V+SN)
indirecto: A Ana fala ao João. (SV – V+SP)
directo e indirecto: A Ana dá um bolo ao João. (SV – V+SN+SP)
c. circunstancial de lugar (com um verbo locativo): A Ana vai a Lisboa. (SV–V+SP)
(...)"
Olá, seja a comparação "X é mais pequeno do que Y" equivalente a "X é menor do que Y".
Enquanto na primeira frase parece estar implícito que ambos X e Y são pequenos, sendo X mais do que Y, na segunda frase parece não haver qualquer informação sobre a grandeza da dimensão absoluta de ambos X e Y. Deste modo, desejaria saber se quando se comparam dois objectos relativamente a uma determinada propriedade, estes têm de verificar a dita propriedade em modo absoluto ou apenas de modo relativo?
Embora isto pareça confuso, se eu disser "que A é mais amarelo que B", A e B devem ser os dois amarelos ou não?
Por último, desejaria saber se se diz:
"A é maior do B" em vez de "A é mais grande que B" só por uma questão da segunda forma ter caído em desuso ou se por ser incorrecta.
Obrigado.
Há alguns dias li um texto que afirmava terem as palavras "temperança" e "templo" a sua etimologia na raiz latina "tempus".
A afirmação esteva feita nos seguintes termos: "A palavra 'temperança' é um termo antigo com o significado de abstinência e moderação. A raiz latine é 'tempus', que quer dizer tempo, com a ideia de separação entre o passado e o futuro. A palavra 'templo', também derivada de 'tempus', dá a ideia de lugar de separação".
Desde já grato pela resposta à questão que é o saber se há alguma verdade nestas etimologias.
Um sobrinho meu deseja fazer um trabalho sobre lendas de Portugal para a disciplina de Português, mas não sei bem como ajudá-lo. Porventura, poder-me-ão sugerir uma maneira de fazer tal trabalho, que tenha uma introdução, um desenvolvimento e um fim.
Obrigada.
P.S. Não me parece o tipo de perguntas a que vocês estão habituados, mas não sei a quem recorrer!
Qual a razão de se utilizar somente "m" antes de "p" e "b"?
Como distinguir com eficiência o complemento nominal do adjunto adnominal e este do predicativo do objeto?
Antes de mais, quero desde já dar-vos os meus sinceros parabéns por esta vossa louvável iniciativa, uma verdadeira "luz no fundo do túnel"!
Eu dedico-me à actividade de tradutor, e nada me dá mais prazer a nível profissional do que construir, na língua portuguesa, frases e textos completos a partir de um original, tentando sempre não fugir ao sentido expresso neste e procurando empregar o menor número possível de estrangeirismos (é uma tarefa árdua, como devem calcular...). A minha dúvida é em relação aos habitantes do Kuwait: como deverão eles ser designados?
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