DÚVIDAS

Filmagem e "filmação"
Um antigo estúdio de animação americano era chamado de Filmation (Associates)... Daí, fazendo busca no Google, eu mesmo encontrei, em alguns dicionários, "filmação" (em português), "filmation" (em inglês) e "filmación" (em espanhol) [tudo isso com inicial minúscula...]! A questão é: "filmação" já existe oficialmente como parte da língua portuguesa? E, caso sim, é um neologismo? Por favor, muitíssimo obrigado e um grande abraço!
Oração subordinada completiva de nome
Na frase «Mas todos nós podemos fazer algo para prevenir este tipo de crime», o segundo elemento «para prevenir este tipo de crime» pode-se classificar como uma oração subordinada adverbial final ou como substantiva completiva? Se se verificar o primeiro caso, a oração desempenha a função sintática de modificador; se por outro lado, se verificar o segundo, a oração tem a função sintática de complemento oblíquo, certo? Agradecia um esclarecimento.
Complemento do nome: «A duração de dois anos do contrato»
Em uma frase nominal como "a duração do contrato de 2 anos", sabe-se, creio, que "do contrato", em relação com "duração", é um termo que exerce a função de adjunto adnominal. Porém, hoje, peguei-me pensando que não sei qual é exatamente a função do termo composto que o procede, que é "de 2 anos", com relação a "do contrato" Isto é: relacionando-os, "do contrato" e "de 2 anos", poderemos dizer que este último é o adjunto adnominal do primeiro? Neste caso, e em casos semelhantes, como fazer a análise? Agradecida eu fico.
A expressão «ser da Lourinhã»
Uma colega perguntou-me se conhecia a expressão «Pensas que sou da Lourinhã?», no sentido de «Pensas que sou estúpido?» ou «Pensas que sou parvo?». Desconhecia. A mesma questão foi colocada por ela a vários outros colegas e a maioria conhecia a expressão. Numa pesquisa breve na Internet encontrei uma explicação a que não sei se atribua crédito ou não e que radica a origem da mesma no desaparecimento, nos anos 30 do século passado, de um cão de grande porte de uma casa senhorial na Lourinhã, a que seguiram diversas mortes de ovelhas, coelhos e galinhas, falando-se mesmo em vitelos e até num burro, atribuídas ao cão. Havia quem lhe chamasse «a loba» ou «raposa». Deu-se caça ao animal e quando o mesmo foi abatido, constatou-se tratar-se «apenas de uma cadela». Ou seja, ter-se-á caído num logro. Alegadamente, a expressão terá advindo daí. Podem, por favor, na medida do possível, confirmar a existência da expressão e a sua origem? Obrigado.
Ato ilocutório assertivo
No título "Amor de perdição: um bom romance canonizado pelas razões erradas", retirado de Luís Miguel Queirós in https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/amor-de-perdicao-um-bom-romance-canonizado-pelas-razoes, o ato ilocutório, se bem que expresse uma opinião do autor, não será assertivo, pois não apresenta um estado de espírito do locutor, mas sim afirma o que o mesmo pensa do romance? Quanto muito, pelo que investiguei, os adjetivos "bom" e "erradas" retiram alguma força de assertividade ao ato? Grata pela atenção.
O significado de «círculo virtuoso»
Conheço a expressão «círculo vicioso», «circularidade» ou «petição de princípio», sendo uma falácia da lógica informal, em que se parte de A para concluir A. No entanto, a propósito de terem criticado a sua teoria institucional da arte por ser circular, George Dickie alude a um «círculo virtuoso», expressão que desconheço. O que é um «círculo virtuoso» e em que medida se distingue de um «círculo vicioso»?
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