O pronome átono nos com função apassivante
A propósito da resposta muito gentilmente dada pela professora Maria João Matos, gostaria de saber ainda se, no caso da frase «Ele se operou ao apêndice», em que se considerou o pronome se como passivo, houver uma troca de pronome pessoal para, por exemplo, «Nós nos operamos ao apêndice», esse nos também deve ser classificado como nos passivo. A classificação sintática seria, então: nos, pronome apassivador?
O Acordo Ortográfico e a palavra bahia
Mais uma pergunta suscitada pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP).
Se bem entendo, o Acordo Ortográfico de 1990, o Acordo Ortográfico de 1945 e o formulário brasileiro de 1943 estabelecem que a letra h só se usa: (i) no início de certas palavras por razões etimológicas (eg. habitar) (ii) no final de algumas raras palavras (eg. ah) e (iii) e nos dígrafos ch, lh e nh.
Assim sendo, gostaria de obter um comentário de um consultor do Ciberdúvidas sobre o fato de o VOLP brasileiro (tanto a recentemente publicada 5.ª edição como a 4.ª edição estão disponíveis em linha) incluir a palavra «bahia s. f.».
Isto está correto? (Assinalo que se trata de palavra com inicial minúscula e não é portanto o nome "tradicional" da cidade da "Bahia".)
Sobre a palavra risoto
Gostaria que me esclarecessem por que a palavra risoto não se escreve com "z", considerando que se trata de uma iguaria feita de arroz, termo este originário do latim oryza.
Um substantivo para o verbo saber
Um substantivo para o verbo saber...
Existe?
O género do substantivo esparguete
Diz-se «o esparguete», ou «a esparguete»?
O estatuto sintáctico do verbo querer
Gostaria de saber situações em que o verbo querer surge como verbo auxiliar e situações onde ocorre o oposto.
Obrigada.
Ainda as palavras da família de tempo
Pergunto-vos, se temperar e templo são palavras da família de tempo.
Obrigado.
Sobre o verbo adir
[Gostaria de fazer um pergunta sobre o] verbo adir, especialmente na 3.ª pessoa do plural do presente do conjuntivo, tendo em consideração o seguinte enquadramento:
Por um lado, o Dicionário de Verbos Portugueses da Porto Editora diz-nos que o verbo adir é um verbo transitivo e a sua conjugação não tem qualquer restrição. Apresenta como paradigma, para a sua conjugação, o verbo invadir, o qual se conjuga em todas as suas formas verbais, sem quaisquer restrições. Nesta via, a 3.ª pessoa do plural do presente do conjuntivo do verbo adir será adam.
Porém, por outro lado, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa diz-nos que o verbo adir é um verbo defectivo e que se usa unicamente nas formas em que o i se segue ao radical. Assim sendo, este verbo não se flexiona na 3.ª pessoa do plural do presente do conjuntivo, porque, neste caso como noutras situações, não existe nenhum i a seguir ao radical. Donde, parece de concluir que a palavra adam será uma forma espúria para a 3.ª pessoa do plural do presente do conjuntivo. Este entendimento do Dicionário Houaiss é acompanhado pelo Dicionário Priberam da Língua Portuguesa e, ainda, por um auxiliar que existe na "net" com o nome “Conjuga-me.NET”, aos quais recorro com frequência.
Em face do exposto, gostaria muito de conhecer o [vosso] douto parecer sobre este assunto.
Antecipadamente grato.
A diferença entre os verbos vir e chegar
Qual é a diferença entre os verbos vir e chegar e qual é a diferença entre as perífrases «vir a» + infinitivo e «chegar a» + infinitivo?
Obrigada.
Ainda navegação «à vela»
Após leitura da seguinte resposta, tive dúvidas quanto à ocorrência ou não da crase nesse caso. Antes, estava certo de que não ela não ocorria.
Ora, diz que a língua não se rege apenas por princípios lógicos, mas, basicamente por eles, havemos de convir. Por isso, acho mesmo normal que se questione a utilização de "à vela", e não me dou por satisfeito com a resposta de que foge à lógica.
Tenha-se também em conta que o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, versão eletrônica, acolhe no verbete vela a locução «a vela», como a seguir transcrevo:
«a v[ela]
movido pela força do vento
Ex.: embarcação a v[ela]»
Quer dizer então que ainda não há uma estabilidade de uma ou outra forma.
Caso tenha mais informações que justifiquem o emprego de «à vela» em detrimento de «a vela», que acho melhor, peço-lhe que me enriqueça com elas.
Muito obrigado.
