Os pronomes relativos quem desempenham uma função sintáctica diferente da oração a que pertencem, ou seja, têm ambos a função de sujeito dos verbos tirar e ver, mas a oração que introduzem — substantiva relativa sem antecedente expresso — desempenha a função sintáctica de complemento oblíquo (sendo a preposição de seleccionada pelo nome interesses).
Eis a análise sintáctica da frase:
Grupo nominal sujeito: «A exploração sustentável — um nome pomposo que significa não retirar do ambiente mais do que ele pode repor naturalmente»
Grupo nominal modificador apositivo (ou aposto): «um nome pomposo que significa não retirar do ambiente mais do que ele pode repor naturalmente»
Grupo verbal predicado: «ganha cada vez mais espaço como estratégia para acomodar os interesses conflitantes de quem tira o sustento da natureza e de quem quer ver as paisagens intocadas»
Grupo nominal complemento directo: «espaço como estratégia para acomodar os interesses conflitantes de quem tira o sustento da natureza e de quem quer ver as paisagens intocadas»
Grupo adverbial modificador: «cada vez mais»
No interior do complemento directo, existem quatro orações:
1. Oração subordinada relativa infinitiva1: «para acomodar os interesses conflitantes de quem tira o sustento da natureza e de quem quer ver as paisagens intocadas»
2. Oração subordinada substantiva relativa: «de quem tira o sustento da natureza»
3. Oração coordenada copulativa: «e de quem quer ver as paisagens intocadas»
4. Oração subordinada substantiva relativa: «de quem quer ver as paisagens intocadas»
1 Segundo M. Helena Mateus et alii (Gramática da Língua Portuguesa, 2003, pág. 670).