O significado da expressão «caminho de pé posto»
Gostava que me explicassem o significado da expressão «caminho de pé posto», e se tem ou não hífen entre pé e posto.
Obrigada.
O pretérito mais-que-perfeito com valor condicional
Queridos amigos do Ciberdúvidas:
Hoxe, lendo un fragmento dunha carta do Padre Vieira (Carta LXIII Ao padre André Fernandes. Volume I de Cartas, Antônio Vieira, Globo Editora, São Paulo 2008), reparei neste uso do pretérito máis-que-perfeito: «e posto que já não tem lugar, fora melhor que aqueles livros o tiveram no fogo, que em casa tão sagrada...» Súpetamente me relembrei dunha copla ou cántiga popular que vezaba cantar ou declamar miña avoa:
«Se o mar tivera varandas,
Fora-te ver ó Brasil.
Mais o mar non ten varandas,
Queridiño por onde hei d´ir.»
Como eu non vos son nada dubidado, ipso facto ordenei de vos enviar a consulta ou pregunta que a seguir vos enuncio: ¿Subsiste na actualidade, onde queira que for, dentro das moitas e diversas variantes dialectás existentes no noso idioma, ese xeito de utilizar o pretérito mais-que-perfeito con valor condicional? So me refiro a este caso apuntado e non ó outro no que o citado mais-que-perfeito pode facer as veces de pretérito imperfeito de conjuntivo, feito que curiosa e fortuitamente tamén aparece nos dous exemplos por min asinalados.
Mando-vos os meus parabés e animo-vos a que sigades realizando este magno labor cinco días na semana que é digno de todo encomio. Podedes-vos gabar polo tal. Un abrazo sincero e agradecido.
«A língua é um organismo vivo»
A língua é um organismo vivo e portanto sujeito a mudanças. Quando é que uma palavra, por exemplo, "entra" no léxico português? Quem tem a autoridade para decidir tal alteração? Onde são publicadas essas alterações e com que periodicidade?
«Ter ajuda de alguém em alguma coisa»
Tenho visto na televisão no fim dos programas a seguinte frase: «Este programa teve ajuda à produção de: [seguindo-se o nome dos diferentes patrocinadores].» Gostaria que me esclarecessem, pois na minha opinião deveria ser «teve ajuda "na" produção» e «não "à" produção».
Obrigada.
A pronúncia de verve (português brasileiro)
Gostaria de saber se o primeiro e da palavra verve se pronuncia de modo aberto (v/é/rve) ou fechado (v/ê/rve).
Não encontrei resposta em dicionários tampouco na rede mundial.
Grato.
Abreviações de títulos académicos no Brasil
Necessito de saber todas as abreviações para títulos acadêmicos no Brasil. Há muita controvérsia em torno desse uso, por exemplo, para mestre eu utilizo "Msc" ou "Me".
Aguardo a lista.
Grato.
Superlativo absoluto sintético de fácil
Existe a palavra "facilíssimo"?
Obrigado.
«Denunciar o contrato»
Gostaria de saber que verbo será mais correcto de usar.
«Denunciar o contrato», ou «renunciar o contrato»?
Grato pela resposta.
Uma espécie de código da gatunagem
Recentemente, numa tasca de Alfama, ouvi uma conversa em que se falava algo parecido com português. Quem estava comigo disse-se ser um "dialecto" antigo da gatunagem de rua, com o nome "oni'". Uma espécie de código, para não serem entendidos por "estranhos" talvez não seja correcto chamar dialecto. Existe este "oni"?
Obrigado.
Sobre o âmbito de personagem
Agradeço a vossa resposta. Aproveito este momento para louvar o trabalho que têm feito, esclarecimento de dúvidas de forma muito clara, e o contributo que têm dado para a boa prática da língua portuguesa.
Queria que me explicassem porque é que Carnaval da Vitória é uma personagem [da novela Quem Me Dera Ser Onda, de Manuel Rui], porque no seio dos professores há duas posições. Uns acham que é personagem, e outros defendem que ele não pode ser personagem porque os animais só podem ser personagens nas fábulas.
Muito obrigada pela atenção.
