Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Amélia Macedo Professora Porto, Portugal 8K

Agradeço que me indiquem se ambas as formas ortográficas — "praxiologia" e "praxeologia" — são admissíveis.

Saudações.

Cristina Rey Professora Porto, Portugal 7K

Numa tradução de um conto popular chinês recolhido por Pearl Buck, aparece o advérbio debalde entre pontos finais. Tal facto não me chocou. Poderíamos ter substituído debalde por «em vão» e a situação continuaria a não me parecer chocante. Todavia os alunos perguntaram-me se um advérbio isolado poderia ocorrer como equivalente a uma frase. Gostaria que me ajudassem a responder a esta pergunta.

Muito obrigada.

Maria José Leal Médica Lisboa, Portugal 8K

Sura, do latim sura (barriga da perna), nome de família, tem alguma relação etimológica ou linguística com os suras, capítulos do Alcorão?

Obrigada.

Matheus Gustavo de Oliveira Borges Escritor, reda{#c|}tor São Paulo, Brasil 6K

Gostaria de saber acerca de uma pequena diferença de uma palavra que a meu ver define a interpretação do texto. É muito importante isso para mim e para toda uma comunidade cristã. Na realidade, claro que não estou em posição, mas precisava com urgência de uma explicação de um perito na área. Veja a seguir o texto:

«No Sermão do Monte, Jesus declarou plenamente que não podia haver dissolução do casamento, a não ser por infidelidade do voto conjugal. "Qualquer", disse Ele, "que repudiar sua mulher, a não ser por causa de fornicação, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério." Mat. 5:32.»

O que aconteceria caso fosse substituída a palavra do para ao ao ser dito da exceção no texto? Haveria alguma diferença? Eu entendo que sim. Claro que não é posição de vocês fazerem teologia, mas para que seja entendido o meu ponto de vista é necessário explicar. O texto da Bíblia abaixo é a fonte pela qual o autor acima tira sua conclusão, sendo que entendo que:

O texto mais esclarecedor quanto ao significado de fornicação (na Bíblia isto), que é a base para o autor dizer «infidelidade do voto conjugal» no seu texto, baseado isto numa interpretação do que seria a cláusula de exceção de Jesus, é este: «Mas agora procurais matar-me, a mim que vos falei a verdade que de Deus ouvi; isso Abraão não fez. Vós fazeis as obras de vosso pai. Replicaram-lhe eles: Nós não somos nascidos de fornicação; temos um Pai, que é Deus.» (João 8:40-41) Fica claro o significado da palavra no episódio de Maria, sendo que ela era acusada de fornicação; em Maria, quando noiva de José, não casada ainda, tinha sido gerada pelo Espírito Santo uma criança (Jesus), sendo que José pensou que ela tinha sido infiel a ele, e que ela deveria ser entregue para os judeus a apedrejarem. Para a Bíblia, fornicação é o mesmo que «relação sexual ilícita por parte de alguém não casado», apenas usado em casos de uma pessoa solteira; quando é por parte de um casado, é utilizado na Bíblia a palavra adultério. Desta forma entendemos que, ao contrário dos judeus que aceitavam o divórcio por diversos motivos, Jesus só aceitou o divórcio e novo casamento baseado em Deuteronômio 22, que era como um seguro que o noivo tinha contra uma possível traição por parte da moça, a qual anularia os votos naquelas circunstâncias (isto acontecia logo após a noite de núpcias). Porém, se o noivo já tinha aceitado a não-virgindade da moça, não havia motivo para a anulação, pois já era caso conhecido; apenas se fosse desconhecido pelo noivo seria feita a anulação. No Brasil havia esta lei quanto a anulação do casamento por causa da perda da virgindade até a década de 90, depois por causa de movimentos feministas foi retirado (não sei quanto a Portugal).

Dada estas explicações, peço paciência e ajuda para conduzir o assunto ao final. Como se pode ver o problema é acerca de entender o texto reproduzido acima que é baseado na Bíblia, e necessariamente preciso conciliar a interpretação já definida na Bíblia, agora no texto. Assim, «infidelidade do voto conjugal» não seria infidelidade "ao" voto conjugal, o que entraria no adultério, um evento pós-casamento, que não entraria em acerto com a interpretação Bíblica já definida. Entendo que «infidelidade do voto conjugal» seria uma outra forma de dizer infidelidade da noiva ao fazer o voto conjugal, porque ela está sendo falsa ao seu noivo, enganando o noivo quanto a sua virgindade (temos que entender que no contexto bíblico é importante sim a virgindade e relacionamento sexual apenas quando casados), não tendo nada a ver com infidelidade depois de casado, sendo que a infidelidade teria sido antes de casar, e isto, segundo esta legislação, daria o direito de anulação de casamento.

Espero que tenha sido claro na minha questão: há realmente como ilustrado por mim uma diferença entre "infidelidade do voto conjugal" e "infidelidade ao voto conjugal", levando em conta o máximo possível que puderem todo o contexto bíblico envolvido no texto? É possível conciliar a interpretação bíblica definida, com o texto em questão? Tenho certeza de que esta é uma ciberdúvida, e conto com a ajuda de vocês.

Ficaria imensamente grato caso resolvessem de alguma forma a questão.

António Santos Funcionário local Porto, Portugal 7K

Preciso de ajuda, por não me ocorrer, sobre uma (ou várias) figura de estilo em que o sentido seja «falar do passado».

Acontece que estou a escrever as minhas memórias e necessito de empregar termos que remetam os leitores ao meu passado.

Sei que Fernando Pessoa, nas suas obras, emprega figuras de estilo que nos remetem ao seu passado.

Espero que esta minha explicação vos ajude a ajudarem-me.

Como não me ocorrem os ditos termos, não me ajuda muito procurar nos dicionários o que não me ocorre. Todavia, se conhecerem algum dicionário de figuras de estilo, físico ou on-line, por favor, indiquem-me.

Agradecido fico, desde já, da vossa ajuda, para assim eu continuar nos meus escritos.

Joanna Drzazgowska Professora Gdynia, Polónia 13K

Queria perguntar se, segundo a sua opinião, é possível construir as seguintes perífrases que exprimem o valor incoativo: «começar a ficar aceso/alegre/azedo/barato/branco/caro/claro/doente/pálido/preto/sujo/triste/stressado/pobre/preguiçoso/velho.» Seria também possível substituir o verbo ficar por ser ou estar?

Obrigada pela ajuda.

Jorge Macieira Advogado Lisboa, Portugal 2K

É ridículo, mas estou com uma dúvida existencial: escreve-se cházada, ou chazada? O corrector, o ilustre FLIP, diz-me que é chazada, porém, desta forma eu leio um primeiro a, fechado (como em chanfrado), e o que pretendo é dar uma lição de boa educação (os tais que tomaram chá).

Podereis elucidar?

Maria José Leal Médica Lisboa, Portugal 9K

Qual a etimologia de brida? Brida termo médico: «aderências que estabelecem uma corda». «A toda a brida»: «grande velocidade». bridão: «(equestre) arreio da boca cavalo».

José Pedro Machado remete para o francês bretelle?!

Obrigada.

Jean M. Zocolotto Estudante Vitória, Brasil 14K

Descobri pelo Ciberdúvidas que a pronúncia de dolo é com primeiro o fechado, "dôlo". Porém, pesquisando e lendo em outros lugares, encontrei que, ao contrário, a pronúncia correta seria "dólo", posto que a palavra latina da qual proveio, dolus, possuía o breve tônico. Também creio que seja "dólo", assim como dizemos solo, colo, e outros, todos com primeiro o aberto. Mesmo assim, agora estou muito confuso. Gostaria de saber qual é, efetivamente, a pronúncia correta, e também que me dessem uma explicação argumentada.

Ana Marques Professora Viana do Castelo, Portugal 7K

Como analisar sintacticamente a frase «Disse aos Castelhanos que convenceria o filho a render-se»?