A grafia de martainha
A minha gratidão enorme a toda a equipa do Ciberdúvidas pelo excelente serviço.
A minha questão tem a ver com uma das variedades de castanha portuguesa: a "martainha" ou "martaínha". Deve acentuar-se graficamente ou não?
Muito obrigada.
A sintaxe do verbo causar
Considere-se a seguinte estrutura:
«Temperaturas extremas causaram impactos sem precedentes nos oceanos.»
O segmento «nos oceanos» corresponde a um adjunto adverbial de lugar ou a um complemento verbal do verbo causar?
Desde já meu agradecimento.
«Santo Hugo» e «São Hugo»
Gostaria de saber qual a forma correta de dizer: São Hugo ou Santo Hugo?
Desde já agradecido pela atenção.
Concordância: «o envolvimento das pessoas na política torna-as cidadãs»
Como se deve dizer?
«O envolvimento das pessoas na política torna-as cidadãs»?
Ou «O envolvimento das pessoas na política torna-as cidadãos»?
Muito obrigado!
A origem da palavra princípio
Qual a origem da palavra princípio?
O topónimo Leitões e o seu gentílico
Gostaria de saber o gentílico dos habitantes da Freguesia de Leitões (concelho de Guimarães).
Obrigado.
Agora com valor consequencial
Estaria correto afirmar que, no contexto abaixo, o advérbio agora está fazendo as vezes de um conector cujo valor semântico se aproxima bastante de uma consequência?
«Você quis que fosse dessa forma; agora, aguente as consequências.»
Obrigado.
«Dar medo», «fazer medo», «meter medo»
Acabo de ler: «Controlo bem as escadas, não me fazem medo nenhum.»
A frase despertou em mim uma dúvida que já tenho há muito tempo: diz-se «fazem medo» ou «dão medo»? É claro que podemos dizer «causam medo», mas eu diria que é menos coloquial, e é isso o registo que pretendo ver esclarecido. Muito obrigado.
Os verbos arder e queimar
É correto dizer-se «estavam três carros ardidos»?
Soa-me bastante melhor «estavam três carros queimados», mas não sei qual o fundamento na gramática para esta questão.
Também não me faz sentido se considerar a opção de o carro ter sido ardido porque, na verdade, eu posso queimar algo, mas não posso arder algo.
Obrigada.
A sintaxe de «licenciado/mestre/doutor por...»
Confirmei no Dicionário Prático de Regência Nominal de Celso Pedro Luft que se escreve, tal como se ouve habitualmente, «sou licenciada em x PELA Universidade y» e «sou doutora(/doutorada) em x PELA Universidade y».
Pergunto, primeiro, se o mesmo se aplica – como seria de esperar – à designação mestre: é-se mestre em x POR [instituição de ensino y] (o dicionário referido é omisso neste ponto)?
Pergunto, depois, se é possível explicar gramaticalmente esta construção, que não é óbvia para mim.
Na frase «Sou licenciada pela Universidade y», «pela Universidade y» desempenharia, se compreendo bem, a função sintática de complemento agente da passiva – é a instituição de ensino que "licencia", i.e. que confere o grau académico de licenciado ao estudante. Não sei se este raciocínio está correto, e não consigo aplicá-lo aos outros casos: em «sou mestre pela Universidade y» e em «sou doutor pela Universidade y», o mesmo constituinte («pela Universidade y») não pode desempenhar a função sintática referida, parece-me. Conseguiriam explicar esta construção?
Obrigada pelo vosso precioso trabalho.
