DÚVIDAS

Orações completivas introduzidas por para
Na frase «A aluna pediu para ir à casa de banho», qual a função sintática da oração «para ir à casa de banho»? Esta frase encontra-se em dois manuais de Português com soluções diferentes: num é complemento direto, noutro é complemento oblíquo. Neste último caso, é dada a seguinte explicação: «Quando o verbo pedir é seguido pela preposição para e uma oração subordinada substantiva, a oração subordinada funciona como complemento oblíquo, indicando a finalidade da ação. assim, "para ir à casa de banho" indica a finalidade do pedido.» Estou confusa! Obrigada!
A regência do nome confiança
Eu gostaria de saber se existe a regência nominal de confiança com a preposição a, cujo sentido é «entrega à confiança de»? Eu sei que confiança pede a preposição em no significado próximo de «crer, ter fé»; mas o meu pensamento em relação à possibilidade do uso da preposição a, é justificado pela regência do verbo confiar que pode pedir em ou a. Ex.: «Por viagem a trabalho, Marina confiou a Jorge sua cadela, Veneza. Mas ela não confia mais nele, porque ele a deixou três dias com fome.» Antecipadamente, muito obrigado.
A expressão «bife rolê»
 «Bife a rolê» ou «bife rolê»? Faço a pergunta, pois tive muita dificuldade de encontrar a expressão "rolê" nos dicionários sem o sentido de «dar uma volta». O pouco que encontrei remete "rolê" à palavra francesa roulé que traduzida pelo tradutor leva a "enrolado" que é o nosso bife! Dito tudo isso, não deveria ser bife "rolê" (enrolado) sem a preposição? Outro fato que me faz perguntar é o caos que tal bife gera na escrita! Basta uma rápida pesquisa no Google para vermos que até o acento grave aparece na expressão «bife rolê» («bife à rolê»). Desde já, agradeço a enorme atenção que os Senhores possuem e admiro demais o trabalho do Ciberdúvidas.
Omissão da preposição com orações coordenadas
Há erro gramatical, sendo obrigatório o acompanhamento da preposição em todos os objetos indiretos; ou apenas falta de paralelismo, na frase «Gosto de dançar, cantar e pintar»? Nessa e em outras estruturas, pode-se omitir a preposição depois de inseri-la no primeiro objeto, quando estes se referirem ao mesmo verbo e à sua mesma regência? Nessas locuções a seguir, apesar de não haver objeto, também há obrigatoriedade de replicar a preposição? «Eles passaram a imitar e caçoar.» «Eles passaram a imitar, caçoar.» Grato desde já.
Complemento direto e preposição a
Faz-me confusão o facto de os portugueses não usarem sempre a preposição a antes dos complementos diretos de pessoa. Por exemplo: «Convidei o meu amigo para jantarmos juntos». «Defende o chefe da comissão». (defender ou louvar uma pessoa) «A empatia é fundamental para conhecermos o outro». «Leva as pessoas a fazerem parte disto». «Rui cumprimentou o Pedro». Há alguma regra? Em espanhol dizemos assim: «Invité a mi amigo para que cenemos juntos»; «Defiende al jefe de la comisión»; «La empatía es fundamental para conocer al otro»; «Lleva a las personas a formar parte de esto»; «Rui saludó a Pedro». Muito obrigada. Agradeço muito a vossa ajuda.
Preposições: «para eleger» e «por eleger»
«Candidatos por eleger: 3» e «Candidatos para eleger: 3» têm o mesmo significado? Ou seja, «Candidatos que serão/hão de ser (ou: devem/podem ser) eleitos: 3»? Parece-me que as preposições por e para dentro de uma estrutura de SUBSTANTIVO + (POR/PARA) + INFINITIVO assume uma forma passiva do verbo, podendo ser antecedida ou não de um verbo modal. Como não tenho certeza disso, trago tal raciocínio a vocês, pedindo-lhes o seu esclarecimento. Há um trecho duma música do Pe. Zezinho com semelhante estrutura: 1. «… Tarefa escolar para cumprir…» = … Tarefa escolar que deve ser cumprida… Até mesmo Napoleão Mendes (que para mim não foi muito claro) traz alguns exemplos no seu dicionário: 2. «Casos para/por esclarecer» = Casos que serão/hão de ser esclarecidos 3. «Livros para/por consultar» = Livros que podem ser consultados. Antecipadamente muito obrigado.
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