DÚVIDAS

Anexim e línguas eslavas
A resposta que os consultores Edite Prada e Carlos Rocha deram à consulta sobre o vocábulo anexim parece-me incompleta, pois esqueceram-se de dizer que, no Brasil, anexim será sempre pronunciado "anechim" ou "anecsim", conforme o caso, sem jamais "comer" o e da referida palavra. É que nós, os brasileiros, não temos o hábito, muito arraigado em Portugal, de deixar de pronunciar fonemas de certas palavras. Aqui, por exemplo, menina é "menina" mesmo, ninguém diz "m´nina". A língua portuguesa não é um idioma eslavo. Agradecidíssimo.
A pronúncia da palavra oliveira
Em relação ao artigo de João Alferes Gonçalves, em que escreve que é asneira dizer "óliveira", entre outros termos, não ficou claro que só é asneira se se exigir que a pronúncia usada na publicidade televisiva seja a "padrão", a "erudita", a "de Lisboa". Por mim, que só tenho família transmontana (propriedade de oliveiras...) mas sempre vivi em Lisboa, apesar de toda a minha vivência, apesar de toda a minha instrução (incluindo superior), sempre ouvi dizer (em família e fora dela) e sempre disse "óliveira" e muito surpreendido fiquei por saber que o padrão/erudito/lisboeta será "ô/uliveira". Concordo que se use em TV o padrão, mas por favor não se diga que "óliveira" é asneira absoluta.
Estatuto e número de falantes do mirandês
Ouvi na televisão que o mirandês era a segunda língua oficial de Portugal. Pensei que tivesse sido reconhecida como língua, mais do que um mero dialecto; por ter interesse e validade para a região de Miranda do Douro, em 99. Afinal, foi só reconhecida como língua ou é considerada a segunda língua oficial de Portugal? Ou ambas? Na Internet, encontram-se informações vagas sobre o número de falantes: 6 mil a 7 mil, e falou-se até em 15 mil. Qual é número certo? Remete-se para quem fala ou para quem sabe falar e escrever? Obrigada.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa