Sendo a expressão n.º uma palavra abreviada, significando que alguma coisa foi retirada, no caso, o ponto a seguir ao n significa que foram retiradas as letras úmero, e servindo o º superior de indicação do género (masculino), significando que foram retiradas as letras intermédias úmer, parece que não faz sentido, nem é correcto, que a seguir à expressão completa, n.º, se possa escrever, sem espaço, qualquer número cardinal, ou seja, "n.º1", sendo o 1 outra palavra, apesar de ser um símbolo matemático. Se se escrever "n.º1", parece que, querendo-se escrever outros cardinais, por exemplo, 2, 3, 4, etc., estes não são escritos sem espaço: "n.º1,2,3,4". O mesmo reparo deve ser feito quando se abrevia a palavra artigo, para art.º, à qual não se deve seguir o n.º do mesmo: "art.º1.º", pois também aqui o 1.º é uma palavra abreviada, que deve ser escrita com separação da anterior, mesmo que abreviada. Já agora, saliento ainda ser vulgar ver escritos em parêntesis com um espaço a seguir ao primeiro símbolo, ou, até, com espaços entre os símbolos, por exemplo, ( masculino) ou ( masculino ).
Existe em português a expressão «desculpe a moléstia» com sentido «desculpe o incómodo»?
Obrigada pelo esclarecimento.
Gostaria de colocar uma questão relativa à composição de palavras. Relativamente à palavra preposição (lat. prae+positione, sendo que prae é também ela uma preposição + ablativo), gostaria de saber se poderemos considerá-la uma palavra formada por composição: radical + palavra ou se se trata de uma palavra base. A ser considerada uma palavra composta e não uma palavra base, a dúvida prende-se também com o prefixo prae e o seu significado, uma vez que no verbo prepor (lat. prae+ponere) temos o significado de anterioridade ou posteridade na ação. As mesmas dúvidas se colocam em relação às palavras advérbio e pronome, isto é, se podem ser consideradas palavras formadas por composição (rad.+palavra) ou se se trata de palavras simples.
Obrigada.
Gostaria de saber se é correto dizer «autarquia local» ou se a expressão é redundante, pois, em meu entender, autarquia já tem um âmbito geográfico restrito a uma localidade.
Obrigado pelo vosso esclarecimento.
Existe a variante "ouriço-caixeiro"?
Obrigada.
No Dicionário Enciclopédico de Teologia, do Prof. Arnaldo Schüler (Editora da ULBRA, Canoas, 2002. p. 172), lemos, no verbete édito: «Ordem judicial tornada pública através de editais ou anúncios»; em edito, temos: «Paroxítono. Norma, lei, determinação oficial, decreto, ordem. P.ex.: Edito de Milão (q.v.). No direito romano, complexo de normas jurídicas.» A obra traz, como aponta a abreviatura q. v. (quod vide), o verbete "Edito de Milão".
Dicionários como o Caldas Aulete e o Priberam corroboram as diferenças conceituais apontadas para esses parônimos (não contemplam, todavia, o exemplo "Edito de Milão").
Minha dúvida reside sobre o assim chamado Edito de Milão. Além do compêndio de Schüler, sei que no meio eclesiástico (o "site" do Vaticano é um exemplo), é comum que se empregue o termo paroxítono para se referir ao decreto imperial que deu liberdade de culto a todos no Império Romano em 313, tornando, por conseguinte, o cristianismo uma religião lícita. A língua italiana também faz distinção (vide, p.ex., o Vocabolario Treccani on-line ou o Dizionario di Italiano on-line do Corriere della Sera) entre edito (pronúncia proparoxítona, com o mesmo sentido do nosso acentuado édito) e editto (pronúncia paroxítona, com o mesmo sentido da palavra portuguesa edito).
Gostaria, pois, de confirmar a grafia Edito de Milão (e não "Édito de Milão", como registram alguns textos, a meu ver erroneamente).
Agradeço, desde já, a gentileza da atenção.
Existe alguma regra consagrada para separar a menção do género masculino da menção do género feminino, como por exemplo: «trabalhador/a» ou «trabalhador(a)»?
Como saber que um nome é derivado de um verbo? Há alguma regra específica? Há nomes deverbais que selecionam complemento do nome. Por exemplo, na frase «a construção da ponte foi rápida», está presente um complemento do nome, «da ponte» , selecionado pelo nome construção. E na expressão «a morte do estrangeiro foi injusta», o segmento «do estrangeiro» é complemento do nome? Se sim, porquê? Morte é um nome deverbal? Ou trata-se de um modificador de nome restritivo?
Pergunto-vos qual é a diferença semântica entre histórico e historial?
Obrigado desde já!
Existe em português alguma maneira para saber quando os substantivos acabam em -ença ou em -ência? Para mim, como falante de espanhol, é um pouco complicado, porquanto em espanhol apenas existe o sufixo: -encia.
Obrigado.
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