Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Contrastes de género
Patricia Sanches Desempregada Faro, Portugal 3K

Gostaria de saber qual a expressão correta ou se ambas estão corretas.

«O terminal rodoviário.»

«A terminal rodoviária.»

Confesso que uso apenas a primeira, mas oiço regularmente o uso das duas formas, como se ambas fossem possíveis. Por que razão isso acontece?

Agradeço a atenção dispensada.

Jorge Francisco Tradutor São Domingos de Rana, Portugal 1K

Que artigo definido devemos usar quando nos referimos à plataforma de pagamentos Paypal?

Dizemos: «o Paypal» ou «a Paypal»?

Devemos ter em consideração o facto de se tratar de uma plataforma de pagamentos e dizer «a Paypal», ou, por exemplo, é mais correto dizer «o Paypal» por se tratar de um serviço de pagamentos?

Muito obrigado pela atenção dispensada.

André Alves Estudante Portugal 5K

Gostaria de saber qual a forma do feminino do particípio passado do verbo ser.

A flexão do verbo deveria ser "sida"/"sidas", porém eu não consegui encontrar um exemplo prático com essas palavras.

Desde já agradeço e continuação do bom trabalho que têm desenvolvido.

Rui A. Ferreira Técnico Superior Lisboa, Portugal 2K

Li com curiosidade os esclarecimentos dados por José Mário Costa, no tocante ao termo inglês jeans e à sua incorporação na nossa linguagem comum. Mas resta-me uma (ciber)dúvida: feito este inevitável aportuguesamento de uma palavra destituída de género, na sua origem, como classificá-la, agora?

Substantivo masculino (como é corrente), ou feminino (como o género de roupa – «as calças» – a que pertence)?

As raízes francesas da palavra jeans são bastante plausíveis, tendo em conta a provável derivação do nome da cidade italiana de Génova, muito associada ao fabrico dos tecidos usados nesta roupa; derivação esta que tem a sua origem na designação francesa para a mesma cidade – Gênes.  Chegados assim a jeans, por corruptela de tradução, percebe-se que os franceses atribuam o género masculino à palavra, uma vez que ela se situa no grupo, também masculino, denominado pantalons.  Mas será esta influência razão suficiente para legitimar a atribuição do mesmo género à roupa que, entre nós, se insere no universo (feminino) das “calças”?

Eis a questão.

Cordial e reconhecidamente.

Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 1K

Antes de mais, espero que tenham tido umas boas férias.

Tenho esta pergunta reservada há alguns dias: escreve-se «um asa-delta» ou «uma asa-delta». Os dicionários divergem: compare-se, por exemplo, o dicionário da Porto Editora com o Priberam...

Muito obrigado.

Henrique Riuna Químico Salvador, Brasil 8K

Em cores originadas de adjetivos compostos apenas o segundo elemento sofre a concordância nominal.

A minha dúvida é se isso se mantém quando vem antecedido da palavra cor, como nos exemplos: "roupa na cor amarelo-esverdeada" / "vermelho-clara" / "azul-escura" etc.

Ou seja, concorda em singular feminino, pois é antecedido da palavra cor, certo?

Ou a cor ficaria invariável: «roupa na cor "amarelo- esverdeado" / "vermelho-claro" / "azul-escuro"» etc?

Conceição Cardoso Professora Trancoso, Portugal 2K

Como ficaria no feminino o seguinte verso de Antero de Quental: «Paladino do amor,busco anelante» [de "O Palácio da Ventura"]?

Grata.

David Fernandes Tradutor Barcelona, Espanha 2K

Como bem se sabe, o género do nome bebé não está marcado morfologicamente, mas sim sintaticamente através do uso, por exemplo do artigo definido («o bebé»/«a bebé»).

Não obstante, casos há em que não é possível recorrer a essa diferenciação através de um determinante, pelo que é habitual, ainda que também sintaticamente, estabelecer a diferença de género com o recurso à justaposição dos nomes menino ou menina (p. ex.: «Vende-se roupa de "bebé menina”»).

Ainda que seja infrequente encontrar tal composição hifenizada, não estaríamos perante um caso de uma palavra composta através da justaposição de dois elementos de natureza nominal que, além de manterem o seu próprio acento, formam também uma unidade sintagmática e semântica (à semelhança da já lexicografada bebé-proveta), pelo que deveria ser grafada com hífen (p. ex. “bebé-menina”/“bebé-menino”)?

Agradeço, desde já, a vossa resposta e atenção!

Jorge Sousa Revisor Portugal 8K

Antes de mais, muito obrigado pelo vosso trabalho e competência, que ao longo dos anos me têm sido muito úteis. O vosso serviço é uma belíssima escola!

Gostaria de perguntar se é possível utilizar a palavra "capelã" como feminino de capelão.

Tenho procurado – possivelmente mal –, mas não tenho encontrado o termo.

Muito obrigado.

Jorge C. Sousa Engenheiro Leiria, Portugal 2K

A atribuição [da] designação «loja do cidadão» parece coerente e em uso desde que tal instalação passou a ser disponibilizada.

Contudo, pretendeu-se "reescrever a história" em Leiria, e algum intelecto, talvez instalado num corpo feminino, o que não sei, ou, talvez um pretenso arauto das novas ideologias de género, entendeu que passe a ser «loja de cidadão», substituindo a partícula do por de. Pensei tratar-se de um engano na identificação na entrada, mas concluí que em todos os locais assim se afixa. Aparenta-se estar perante a idiossincrasia de um indivíduo ou grupo que livremente dispõe de nós (quase) todos para se impor. Em todo o caso, o que gostarei de saber é mesmo se a língua portuguesa sai ou não vilipendiada e como se deve escrever e designar a referida loja.

Agradeço.