Sobre o assunto, não parece haver uma resposta categórica.
Como bem demonstra o consulente, a realidade que se denomina PayPal1 pode ser vista a partir de palavras de géneros diferentes: plataforma (género feminino), empresa (género feminino), serviço (género masculino) ou até método/tipo (género masculino) – neste último caso, na expressão «método/tipo de pagamento».
Uma pesquisa Google evidencia que o uso de PayPal é claramente maioritário no género masculino: a sequência «o PayPal» ultrapassa os quatro milhões de reultados, enquanto «a PayPal», que inclui a forma de feminino do artigo definido, vai pouco além dos 16 000 resultados. A página em português da própria assim chamada chega ao ponto de fazer referência ao serviço que presta como «o PayPal». Mesmo assim, não é incorreto dizer «a PayPal», quando se tem em mente a empresa e a sua plataforma informática.
Em suma, à partida, não há um critério estritamente linguístico (morfológico) ou uma razão semântico-referencial que permitam definir um dos géneros gramaticais como o mais correto a atribuir ao nome próprio PayPal. Em português, a tendência é associar-lhe o género masculino, tendo em mente as noções associados serviço e método (de pagamento), que são nomes do género masculino. Mas basta perspetivá-lo como nome próprio de realidades denominadas pelas palavras empresa e plataforma, para passar a ter atribuído o género feminino.
1 A grafia PayPal é ortograficamente insólita em português, uma vez que apresenta uma maiúscula em posição medial na palavra gráfica. Observe-se que, mesmo em inglês, tem o seu quê de inusitado, e não admira que o Online Etymology Dictionary registe o no em sob a forma Paypal, só com maiúscula inicial. Nesta resposta mantém-se a forma por que a empresa e o respetivo serviço são conhecidos mundialmente: PayPal.