Concordância de «duas vezes maior»
Na oração «O tamanho da riqueza encontrada é milhares de vezes maior do que o bilhete de loteria premiado», o corretor ortográfico eletrônico sugere que o adjetivo maior concorde com o sintagma nominal «milhares de vezes»; porém, a meu ver, deve concordar com o sintagma nominal que inicia a oração («o tamanho da riqueza encontrada»). Existiria um caso em que a concordância deveria ser feita com o segundo sintagma numa locução do tipo «maior do que»?
Muito obrigado e cumprimentos pela seriedade e pelo profissionalismo com os quais vocês trabalham!
A regência da palavra implicação
Sei que o verbo implicar, no sentido de «resultar em», é transitivo direto. Eu estava conversando com a minha namorada sobre isso, e surgiu uma dúvida: normalmente a regência de um substantivo acompanha a do verbo do qual derivou. Isso também serve para o conjunto verbo implicar/substantivo implicação? Gostaria de um exemplo que ilustrasse melhor a resposta (se possível).
Obrigado.
A função sintáctica da expressão «do engano» em «Estou certo do engano»
Na frase «Estou certo do engano», gostaria de saber a função sintáctica da expressão «do engano».
A preposição de na oração «O livro é de José»
Na oração «O livro é de José», a preposição de subordina o substantivo José ao substantivo livro, ou ao verbo ser?
O sujeito nos verbos impessoais
Gostaria de saber qual é a classificação do sujeito quando os verbos cheirar, coçar e doer são impessoais.
Por exemplo:
«Onde lhe doía?»«Coça-me na palma da mão.»«Cheirava a café na casa toda.»
(Se não for oração sem sujeito, onde está o sujeito das orações acima?)
Muito obrigada.
Classificação gramatical, sintáctica e semântica
Na frase: «Lépido, filhote de Valente, um indômito de quatro anos, estava ontem deitado no pasto, sem sela, relinchando, quando foi laçado», gostaria de obter a classificação gramatical, sintática e semântica de cada palavra, para comparar com as categorias aristotélicas: sujeito, relativo qualidade, quantidade, tempo, posição, lugar, posse, ação, paixão. A comparação entre as categorias aristotélicas e a classe de palavras servirá para comparar lógica ou gramática.
Agradeço antecipadamente o esforço do site.
Adjectivo vs. particípio passado
Definitivamente, acho humanamente impossível entender quando a palavra está um adjetivo ou particípio. Querem ver? Na frase «Eu tinha o corpo coberto de folhas», se coberto for um adjetivo, «de folhas» será um complemento nominal, mas se coberto for um particípio, «de folhas» será um agente da passiva. E então? Ajudem um pobre a entender BEM isso.
Grande abraço, amigos do Ciberdúvidas!
Relação c-comando
O que é a relação de c-comando?
Ex.: «As Donkey Sentences são um tipo de estrutura em que não existe relação de c-comando entre o antecedente e o pronome.»
Obrigada.
Ainda «Complemento preposicional e construção de foco»
Na resposta a Jorge Botelho, em 24/6/2008, a professora Sandra Duarte Tavares deu como exemplo duas frases que valem um comentário. Ei-las:
2) «É de livros novos que a biblioteca precisa.»
3) «Do que a biblioteca precisa é de livros novos.»
Agora, o comentário: Na frase 2, verifica-se o composto expletivo «é que», que evidentemente pode ser elidido sem prejuízo do entendimento: «A biblioteca precisa de livros novos». Na frase 3, parece não ser assim. O «que», nessa frase, é um pronome que se refere a outro pronome, no caso o pronome o. Assim sendo, parece haver um de a mais no período. Talvez pudéssemos escrevê-la desta forma, para enfatizar a regência: «O de que a biblioteca precisa são livros». Ou, mais sonoramente: «Do que a biblioteca precisa são livros.»
Salvo melhor juízo.
As vírgulas em estrofe
Examine-se a estrofe seguinte:
«E seguem ambos a passo inteiro:
Um, sentindo o fardo aliviado,
O outro, vergado ao peso do madeiro»
Estão corretas as vírgulas após «Um» e «O outro». São elas de rigor?
Obrigado.
