«Declinar os motivos» (termo jurídidco brasileiro)
Estou estudando para concursos públicos e, ao estudar Direito Administrativo, a respeito do assunto Teoria dos Motivos Determinantes, deparei-me com a seguinte oração em uma questão de simulado enviada por colegas:
«Ocorre a aplicação da teoria dos motivos determinantes, quando o administrador declina os motivos que levaram à prática do ato administrativo, vinculando, dessa forma, os motivos à efetiva existência fática dos mesmos.»
Busquei no meu Aurélio de bolso a definição do verbo declinar e encontrei:
«Recusar, baixar, desviar-se do rumo, descer, descair, enunciar as flexões (de nomes e pronomes)» e surgiu a dúvida: Será que o uso nesta frase está correto?
Não, seguramente, como sinônimo de «declarar, mencionar, expressar», que é como se encaixaria na oração.
Possuo um livro que usa o verbo declarar em frase muito semelhante:
«Segundo a Teoria dos Motivos Determinantes, quando a Administração declara o motivo que determinou a prática de um ato discricionário que, em princípio, prescindiria de motivação expressa, fica vinculada à existência do motivo por ela, Administração, declarado.»
(Direito Administrativo Descomplicado).
Esta oração com o verbo declinar é muito comum na web — Achei várias entradas no Google, por isso surgiu a dúvida. Será que estou enganada, ou é possível que um erro de digitação ou ortografia tenha se espalhado mesmo na Internet?
Antecipadamente agradeço pelo esclarecimento.
O verbo desculpar e os complementos (directo e indirecto)
Com relação à resposta n.º 12527, gostaria de um pequeno esclarecimento: como foi citado, os complementos do verbo desculpar podem ser diretos e indiretos, conforme o exemplo «desculpem-nos a nossa falha», em que «nos» é complemento indireto e «a nossa falha» é complemento direto. No final, há outro exemplo com a regência a:
«Não posso desculpar ao amigo a intromissão na minha vida.»
Nesse caso, «ao amigo» seria complemento indireto, e «a intromissão na minha vida» seria complemento direto. Poderia escrever dessa forma: «não posso desculpar o amigo à intromissão na minha vida»?
A minha dúvida é se o complemento direto e indireto pode indistintamente ser a pessoa ou o motivo do pedido de desculpa.
Muito obrigado!
A diferença entre pronomes reflexos, recíprocos, átonos e clíticos
Tenho encontrado em diferentes gramáticas e sites da Internet, diferentes nomenclaturas para designar cada tipo de pronome. Isto tem-me deixado um tanto confuso, e como tal peço que me esclareçam sobre qual é a diferença entre pronomes reflexos, recíprocos, átonos e clíticos.
Desde já muito obrigado.
A regência de atender
Na frase:
«capaz de atender às necessidades do presente»
— o emprego da crase é opcional por causa da transitividade dupla do verbo, ou pelo fato de o substantivo estar no plural e podermos omitir o artigo as?
— se a expressão fosse «capaz de atender à necessidade do presente», a crase seria obrigatória?
Análise sintáctica de uma estrofe do poema Bóiam leves, desatentos, de F. Pessoa
Gostaria de saber a análise sintáctica completa da seguinte estrofe:
«Bóiam leves, desatentos,
Meus pensamentos de mágoa,
Como, no sono dos ventos,
As algas, cabelos lentos
Do corpo morto das águas.»
Obrigado.
Construção adjectival: «O sôfrego do Miguel comeu tudo»
Na frase «O sôfrego do Miguel comeu tudo», a palavra sôfrego é um nome, ou um adjectivo?
A classe de palavras do vocábulo curiosamente
A que classe de palavras pertence o vocábulo curiosamente, e qual sua função sintática?
Uso do verbo topar numa frase
Uma das canções de José Afonso, O Que Faz Falta, começa com «Quando a corja topa da janela». Gramaticalmente correcto teria de ser «topa na janela», não é?
A função sintáctica de «sua juventude» em «Preocupa-me a sua juventude»
Na frase «Preocupa-me a sua juventude», qual é a função sintática de «sua juventude»?
Esta frase surgiu num exercício onde tinha de transformar as frases complexas com orações substantivas completivas em frases simples. A frase original era «Preocupa-me que seja tão jovem».
Obrigada.
Sobre ordem de constituintes
Gostaria de saber qual a regra que sustenta estas duas expressões: «eu sei o que é isso» e «eu sei o que isso é». Embora saiba que ambas estão correctas, há quem insista comigo que a segunda está errada. No entanto, não sei como justificar através da gramática.Obrigada.
