DÚVIDAS

O valor discursivo da locução «por acaso»
Assisti a uma conversa em que a esposa dizia: «Fulano [o marido], por acaso, até me preparou o pequeno-almoço.» Acontece que o marido executa essa "tarefa" com alguma regularidade. Será que o facto de a dita esposa, naquela conversa, ter aplicado a locução «por acaso», pode ser interpretado como, não digo depreciar, mas desvalorizar a ação do marido? Grato pela atenção.
O imperativo (discurso direto) e o(s) correspondente(s) no indireto
De acordo com inúmeros autores de gramáticas de Português, na transformação do imperativo do discurso direto para o discurso indireto, tanto podemos usar o pretérito imperfeito do conjuntivo como o infinitivo, tal como no exemplo seguinte: O pai pediu-lhe: «Fica no teu quarto e faz os TPC.» «O pai pediu-lhe que ficasse no seu quarto e fizesse os TPC.»ou «O pai pediu-lhe para ficar no seu quarto e fazer os TPC.» Não será este último exemplo mais característico da linguagem falada e por isso preferível o primeiro, no registo escrito?
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