Gostaria de que esclarecessem uma questão sobre emprego do tempo verbal com que eu e minhas colegas da faculdade de Psicologia sempre ficamos em dúvida .
Algumas colegas defendem que, na introdução de um trabalho acadêmico, se deveria, obrigatoriamente, usar o verbo tão-somente no futuro do presente. Argumentam que, na introdução, se relataria, em breves pinceladas, o que, de forma mais detalhada, se falará futuramente no decorrer do texto de que faz parte a referida introdução. Por exemplo: «O presente trabalho buscará avaliar a capacidade do indivíduo em relação a...»
Pois bem. Se o próprio Camões, na “introdução” de Os Lusíadas (Canto I), escreve «Cantando espalharei por toda parte...», não sou eu certamente que me arriscaria a dizer que elas estão erradas quanto a usar o verbo no futuro.
Mas será que usar o verbo no passado também não estaria correto? Por exemplo: «O presente trabalho buscou avaliar a capacidade do indivíduo em relação a...» Ora, seja na introdução ou não, estamos relatando um trabalho que, na verdade, já foi feito, no passado, em um momento anterior ao texto que estamos redigindo, para formalizar esse trabalho realizado.
Será que não é só uma questão de perspectiva, de decidir em que momento do tempo poremos o enunciador em relação ao fato que ele enuncia e de decidir qual fato afinal importa destacar? Devemos destacar o trabalho realizado, que se formaliza com o texto, ou destacar o próprio texto cujo curso segue após sua introdução?! Fico imaginando também se, com o verbo no passado, o texto ficaria mais discreto, como talvez conviesse a um texto científico. Não se trata de poesia, vale lembrar. Aliás, será que o verbo no passado produziria um efeito de maior certeza sobre o que foi feito, ao passo que o verbo no futuro não, pelo menos no caso em tela?
Muito obrigada.
Qual é (ou quais são) o(s) aumentativo(s) de gaveta?
Tenho aprendido que, quanto ao superlativo relativo, os adjectivos que terminam em io recebem ii quando há consoante antes: serio-seriíssimo. Mas, no caso de cheio, deve ser, rigorosamente, "cheíssimo" e jamais "cheiíssimo", não?
Existe a expressão «estão completadas»?
Gostaria de saber se os nomes de etnias indígenas podem ser flexionados ou não, como nos exemplos a seguir: «professoras tukano»; «estudantes kaingangs».
Grata.
Na frase «Gostei muito de ter assistido a este espetáculo» – «ter assistido» está em que tempo?
Tenho visto a palavra direções utilizada como a palavra directions em inglês, ou seja, para indicar caminhos. Existe este sentido da palavra em português?
Estas formas estão corretas? Se não, qual seria o aconselhável?
1. calças vermelho-metálicas
2. placas amarelo-transparentes
3. mesas branco-foscas
4. garrafas azul-claras transparentes
5. mesas marrom-escuras foscas
6. latarias verde-claras metálicas
Qual a regra ortográfica que aplico ao escrever subir? Porque não é "sobir"?
Muito obrigada.
Gostaria de saber qual a forma correcta – «as Balcãs», ou «os Balcãs» –, se ambas são aceitáveis e, se o forem, se há alguma forma preferencial e porquê.
Grata pela atenção!
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