O pronome vós e a conjugação pronominal reflexa
É possível misturar os pronomes vós e você/vocês em frases como estas?
I. Preparem-vos.
II. Não vos subestime.
O hífen e bebé como elemento de composição
Como bem se sabe, o género do nome bebé não está marcado morfologicamente, mas sim sintaticamente através do uso, por exemplo do artigo definido («o bebé»/«a bebé»).
Não obstante, casos há em que não é possível recorrer a essa diferenciação através de um determinante, pelo que é habitual, ainda que também sintaticamente, estabelecer a diferença de género com o recurso à justaposição dos nomes menino ou menina (p. ex.: «Vende-se roupa de "bebé menina”»).
Ainda que seja infrequente encontrar tal composição hifenizada, não estaríamos perante um caso de uma palavra composta através da justaposição de dois elementos de natureza nominal que, além de manterem o seu próprio acento, formam também uma unidade sintagmática e semântica (à semelhança da já lexicografada bebé-proveta), pelo que deveria ser grafada com hífen (p. ex. “bebé-menina”/“bebé-menino”)?
Agradeço, desde já, a vossa resposta e atenção!
Capelão e capelã
Antes de mais, muito obrigado pelo vosso trabalho e competência, que ao longo dos anos me têm sido muito úteis. O vosso serviço é uma belíssima escola!
Gostaria de perguntar se é possível utilizar a palavra "capelã" como feminino de capelão.
Tenho procurado – possivelmente mal –, mas não tenho encontrado o termo.
Muito obrigado.
O significado do plural de dimensão
Costumo aplicar o termo «grandes (ou pequenas) dimensões», no plural, para coisas mensuráveis em termos espaciais, já que a largura, altura, etc. corresponderiam, cada uma, a uma dimensão; e, por outro lado, «grande (ou pequena) dimensão», para coisas que não se medem dessa forma.
Por exemplo: «um móvel de grandes dimensões», mas «um ataque aéreo de grande dimensão».
Recentemente, tenho-me deparado com um uso diverso, nomeadamente um caso em que se falava em «contentores de lixo de grande dimensão».
Isto é correcto ou fazia sentido a distinção que tenho vindo a aplicar?
O consulente adota a ortografia de 1945.
«Suma sacerdotisa»
E agora uma dúvida pungente, de suma importância: qual o feminino de «sumo sacerdote»?
"Suma" sacerdotisa? Sumo "sacerdotisa"?
Estou empancado nisto.
Obrigado.
A pronúncia do verbo remoçar
Como se pronuncia remoça e remoço, em «ele remoça» e «eu remoço», do verbo remoçar, que significa rejuvenescer? Pronuncia-se com "o" aberto ou fechado? Diz-se ele "remóça" ou ele "remôça"? Diz-se eu "remóço" ou eu "remôço"? A pronúncia, claro, eu sei que a conjugação não leva acentos.
Grato pela atenção dispensada.
«Quebrou os copos todos» (e não «quebrou os copos "tudo"»)
No Brasil, pelo menos, se diz muito «Ele quebrou os copos TUDO», mas também «Ele quebrou TODOS os copos».
Por que, estando o pronome no fim, há a mudança de um por outro?
É errada a primeira alternativa?
Sobre o arcaísmo na 3.ª pes. do pl. do pret. perf. do indicativo
No Brasil, algumas pessoas pronunciam a terceira pessoa plural do pretérito perfeito como se terminasse em "o" em vez de "am".
Por exemplo, ouve-se dizer «Eles não me devolverO(am) o dinheiro».
É coisa do Brasil só? De onde vem isso?
Os particípios passados quisto e querido na história da língua
Vi no dicionário do Google que quisto era particípio passado de querer. Quando é que o suplantou o particípio querido?
Variantes regionais do pretérito perfeito do indicativo de trazer
Sou natural duma aldeia da Serra da Freita onde nos anos 1960 ainda se dizia o verbo trazer no pretérito perfeito de forma peculiar: troube, troubestes, troube, troubemos, troubero(um).
Haverá alguma explicação para essa peculiaridade?
