Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Morfologia Construcional
Diana Cristina de Sousa Mesquita Barbosa Médica Maia, Portugal 1K

Tenho uma dúvida relativa à acentuação ou não da palavra "paraparésia".

"Paraparesia" ou "paraparésia"?

Hemiparesia não se acentua.

Grata por toda a colaboração.

Márcia Augusta Cunha Duarte Militar Forte da Casa, Portugal 1K

Questiono como se escreve atualmente «mestre florestal», com ou sem hífen?

João Nogueira da Costa Almada, Portugal 6K

Envio-vos um post que publiquei em 26/03/2019 na minha página de Facebook sobre o termo abesbílico.

Ouvi a palavra abesbílico, pela primeira vez, da boca de um jovem estudante que participava no programa Prós e Contras”sobre o clima (“A ameaça silenciosa”), [...] [em] 25.3.2019. 

Entre o minuto 20:50 e 21:04, ouvimos o jovem Luís Sampaio Esteves dizer: «Às vezes fico abesbílico com certas coisas.»

Não tendo compreendido, a apresentadora Fátima Campos Ferreira pergunta: «Fica quê?!»

«Abesbílico, fico pasmado…» – responde o jovem.

Numa consulta rápida ao Google, encontrei muita gente jovem a usá-la com este mesmo sentido, desde há alguns anos. Percebi, pelos contextos, que abesbílico significa «pasmado, abismado».

Nenhum dicionário ainda a regista, mas esta palavra já vai, de vento em popa, fazendo o seu percurso…

Num artigo [do Blog dos Cinco] datado de abril de 2008, lê-se:

«Há já alguns dias que ouço a palavra abesbílico. Fiquei curiosa e fui pesquisar. Não encontrei nada em nenhum dicionário. Encontrei sim alguns posts onde se fazia referência a este vocábulo maravilhoso. Pensei durante algum tempo e... pensei e... abesbílico deve ser qualquer coisa entre o abismado ("abesmado", com pronúncia) conservado em álcool etílico.

Não satisfeita com os meus pensamentos, resolvo ir diretamente ao início do problema. Pergunto então, com ar intrigado, assim como quem não quer a coisa e... Aaaahh, espanto total! De quem ouço esta palavra com bastante frequência (aliás esta e outras mais que serão objeto de análise), após interrogatório exaustivo sobre afinal que coisa era essa, apenas recebi risadas atrás de casquinadas com a diastema à mostra de tanta risota.»

No Ciberdúvidas, encontrei alguém, em 20/11/2009, a querer saber a origem deste vocábulo ("A palavra 'abesbílico'"), e a consultora Ana Martins, que deu a resposta, terminava assim:

[...] Conheço (de ouvido) abesbílico (palavra esdrúxula), com o sentido que descreve. Admito que seja uma formação (parodiante) de abismado (sendo o e a opção gráfica eventual para a não realização fónica da vogal). Mas esta é apenas a minha intuição de falante.

Uma vez que o Ciberdúvidas tentou já esclarecer a origem deste termo em 2009, gostaria de saber se têm, atualmente, mais algumas informações sobre este neologismo.

Muito obrigado,

Francisco Aguiar Professor Gafanha da Nazaré, Portugal 4K

Hoje, deparei-me com a seguinte frase.

«Este fim de semana, vou visitar familiares ou então fico na casa.»

Não deveria ser «fico em casa» em vez de «fico na casa»?

A contração da preposição em com o determinante a neste contexto não está mal aplicada? Há alguma regra?

Obrigado.

Antonio Cabral Reformado São Brás de Alportel, Portugal 1K

Se "alagoa" é forma antiga de lagoa, será que "alagares" é forma antiga de lagar?

No contexto da frase não me parece que [o escritor algarvio] José Dias Sancho (1898-1929) se referisse a «fazer um lago de água» ou «inundação».

A seguir segue passo abonatório retirado da obra de José Dias Sancho, Deus Pan e Outros Contos:

«Falava de mundos e fundos, emborcava da rija como um valente e, se adregava fazer negócio cheio, parecia o rei do reino! Era uma perfeição ouvi-lo discorrer sobre os alagares e as vindimas. Sabia do seu ofício, lá isso…» Manuel Tomé, in Deus Pan e Outros Contos, p. 49

Aguardo, sempre ansiosamente, pelos vossos comentários.

Manuel Euclides Ros Professor Lisboa, Portugal 2K

Solicito a vossa preciosa ajuda no esclarecimento do processo de formação da palavra interesse (nome).

Pode ser nominalizaçao deverbal? Ou derivação não afixal, dado que tem origem etimológica em inter esse (latim)?

Muito obrigado.

Ana Beatriz Silva dos Santos Professora Rio de Janeiro, Brasil 3K

Gostaria de entender melhor como funciona o processo de formação da palavra contemporaneidade.

Poderia ser considerada um exemplo de derivação parassintética?

Grata.

Henrique Soares Oliveira Projetista da construção civil Linda-a-Velha, Portugal 2K

Em engenharia usa-se o verbo estimar um valor, quando este resulta de um cálculo. E diz-se que um valor está subestimado quando se considera que é inferior ao valor real. Então, faz sentido dizer que um valor é uma subestimativa.

Mas "subestimativa" é um termo não dicionarizado. Está correto?

Obrigado.

Diogo Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 3K

dicionário da Porto Editora regista o termo «contravontade». Não percebo bem quando devemos escrever «contra vontade» e quando devemos escrever «contravontade».

Acabo de ler «Ele fez isto um pouco a contravontade», o que – além do termo em si –, me desperta dúvidas relativamente ao precendente «a». Podem ajudar-me, por favor, a perceber esta especificidade.

Muito obrigado.

Aline Souza Servidor Público Brasilia, Brasil 4K

Qual é o certo: "quadros-resumo" ou "quadros-resumos"?

Obrigada.