Lendo trabalhos escolares da escola onde hoje leciono, deparei com um texto redigido por aluno e corrigido por um professor.
Texto do aluno: «Que motivos tenho eu para ESTAR falando sobre isso?»
Correção do professor: «Que motivos tenho eu para ESTÁ falando sobre isso?»
Sempre escrevi como o aluno escreveu. No meu raciocínio, se a locução equivale a falar, que está no infinitivo, o verbo auxiliar deve seguir a lógica desse verbo, atendendo ao seu tempo e ao seu modo. Assim aprendi. No caso, o infinitivo estaria flexionado na 1.ª pessoa do singular e, por isso, não apresenta desinência número-pessoal, o que dá a ele a aparência de um infinitivo não flexionado.
Questionado o professor, fui procurada por ele, que me afirmou o seguinte: «Trata-se de uma locução verbal, que equivale a "falar". Você deve estranhar o fato de a primeira pessoa do singular estar aqui, mas, como eu não poderia dizer "quem sou eu para ESTOU aqui", flexiono o verbo na terceira pessoa do singular, uma vez que o verbo auxiliar TEM DE ESTAR flexionado.»
Afinal, estou equivocada ao afirmar que o verbo estar, na frase «quem sou eu para ESTAR falando sobre isso» está, sim, flexionado? Ao que me consta, ele está na 1.ª pessoa do singular no modo infinitivo (no caso, pessoal e flexionado).
Por favor, gostaria de dirimir essa questão.
Qual a forma correta: mau-súbito? mal-súbito? as duas formas? com ou sem hífen?
«Camões nasceu em Portugal. Cervantes(,) nasceu em Espanha.»
Tendo em conta a frase antecedente, será possível usar a vírgula que coloquei entre parêntesis? Pareceu-me um uso errado. Aparece num manual escolar e afirma-se que substitui expressões como «por sua vez» (a qual apareceria entre vírgulas). Afirma-se também que na segunda frase só se pode usar a vírgula se houver um contexto antecedente, pois de outro modo separaria sujeito de predicado. Será isto possível? Seria normal se o verbo nasceu fosse omitido, penso eu.
Gostaria que o sr. D´Silvas Filho, que é sempre tão pronto a defender o chamado "acordo ortográfico", esclarecesse como se vão pronunciar (e se vai ensinar às "criancinhas coitadinhas" a pronunciar) palavras como "exceção", "aceção", "conceção", "excecional", "concecional", "recetivo", "receção" (ou será "recepção"? Mas nesse caso não deveria ser "receptivo"?).
Enfim, penso que já deu para perceber. É que eu não diviso qualquer regra que permita abrir as vogais destas palavras (e das muitas outras cuja grafia pretendem alterar).
Toda a informação a que já tive acesso sobre as palavras proparoxítonas refere que o acento tónico recai na antepenúltima sílaba e que é marcado graficamente. Assim sendo, tenho dificuldades em classificar a palavra maresia, pois ela apresenta características de uma falsa esdrúxula, no entanto não leva acento gráfico. Pode alguém explicar-me o que realmente acontece com esta palavra?
Obrigada!
Será esta a ortografia correcta? "Marcha-atrás"?
Qual é a correcta divisão silábica da palavra autópsia?
Obrigada.
Gostaria de tirar uma dúvida que me persegue desde a infância.
Meu nome, como vocês já puderam ver, é Igor (minha mãe me chama Ígor), bem. Ao cursar 5.ª série, meu professor disse que era para pronunciar "igôr". Agora meu chefe, um advogado, está com essa mesma história.
Se tratando de nome próprio, qual seria a correta pronúncia do meu nome?
Existem duas formas de divisão silábica? Se existem, como se faz a divisão silábica da palavra Aleluia para translineação?
Como designamos o substantivo que nos permite usar a designação da marca em vez do próprio objecto, por exemplo:
«Aquele senhor tem um grande Mercedes!» (Não significa que tenha, de facto, um carro da marca Mercedes mas que tem um carro bom)
«Este Kispo é quentinho!» (Em vez de casaco impermeável)
«Preciso do Skip!» (Preciso de detergente para a roupa, não quer dizer que seja obrigatoriamente desta marca)
Por exemplo, em inglês, quando dizemos que precisamos de um Hoover, significa que queremos um aspirador.
Obrigada.
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