Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Discurso/Texto
Bruno Tavares Economista Lisboa, Portugal 7K

É frequente, em ambiente profissional, a troca de e-mails com a utilização da expressão inicial de saudação «Caros Todos», penso que em tradução directa de «Dear all» [em inglês]. Acho errado, pois, se são "Caros", são-no "todos", tornando a expressão redundante. Podem esclarecer?

Obrigado.

Marta Ferreira Professora Guimarães, Portugal 9K

A nível da classificação morfológica das palavras, como distinguimos se a palavra é um deíctico ou, por exemplo, um advérbio de tempo; assim como em relação aos pronomes pessoais: eu, ele — são deícticos ou pronomes pessoais; ou as duas designações estão correctas?

Mário da Cruz Arqueólogo Coimbra, Portugal 19K

Em discurso directo, o pedido de desculpa simples deve levar ponto de interrogação, ou de exclamação?

«— Desculpa?»

Ou

«— Desculpa!»

Ana Oom Professora Lisboa, Portugal 4K

Gostaria de saber se a seguinte frase se pontua ou não com dois-pontos, uma vez que não há qualquer verbo que introduz o discurso directo.

«No entanto, ela não reagiu como Afonso gostaria:
— Tu não sabes o que dizes, Afonso!»

Obrigada.

J. F. Castro Professor Brasília, Brasil 3K

Agradeço esta resposta, porém, se me permitem, gostaria de discordar da resposta dada. Na formulação original está faltando o verbo possuir ou ter. Se o acrescentarmos, fica assim:

«Possuir curso de graduação em qualquer área de formação ou possuir curso de oficial aviador, complementando com uma das opções 1, 2 ou 3.» Já se nota que não é tão óbvio que «complementando» se aplique simultaneamente a A e B.

Segundo o Celso Cunha, Nova Gramática, 3.ª ed., pág. 480: «Colocado depois da oração principal, o gerúndio indica uma ação posterior e equivale, na maioria das vezes, a uma oração coordenada iniciada pela conjunção e

Aplicando-se a regra, a oração ficaria assim: «Possuir curso de graduação em qualquer área de formação ou possuir curso de oficial aviador e possuir um dos complementos dados nas opções 1, 2 ou 3.» No mínimo, o que se pode dizer é que a oração tem sentido dúbio, se não quisermos afirmar que os complementos 1, 2 ou 3 se referem tão-somente a «possuir curso de oficial aviador». Esta última interpretação, em função conjunção e, atrativa, parece mais plausível.

Além do mais, a redação original tinha a estrutura «A ou B e as opções 1, 2 ou 3». Esta também era uma construção dúbia, no mínimo, se não quisermos admitir que as opções 1, 2 ou 3 só se aplicariam a B, também graças à atratividade da conjunção e.

Gostaria que tecessem comentário sobre as duas construções. Realmente, o gerúndio deveria ser demitido, como fez o governador do DF. Concordam?

Sónia Silva Estudante Aveiro, Portugal 9K

Gostaria de saber o significado destes provérbios:

«O amor nasce de quase nada e morre de quase tudo.»

«Amar em segredo é ter asas e não poder voar.»

«O amor é a um só tempo a mais doce das alegrias e a mais amarga das tristezas.»

Obrigado.

Vera Mendo Estudante Pinhel, Portugal 23K

Quais os silogismos, analogias e simetrias encontradas no Sermão de Santo António aos Peixes — capítulo I —, do Padre António Vieira?

Cynthia Canto Aposentada Brasília, Brasil 6K

Ultimamente as paradas de ônibus, aqui, em Brasília, apresentam uma propaganda de duas escolas de ensino superior cuja redação me intriga: «XXXX (nomes das Escolas) vencedoras profissionais do ano pela XXX (nome da empresa que contemplou). A gente não está cabendo em si.»

Minha dúvida: está correta a última frase? «A GENTE não está cabendo em SI»?

Muito obrigada pela gentileza da resposta.

Sara Mendes Administrativa Funchal, Portugal 50K

Gostaria de saber o significado dos seguintes provérbios:

«Cão que ladra não morde»; «O peixe morre pela boca»; «Homem prevenido vale por dois»; «Para bom entendedor, meia palavra basta».

Obrigada.

Carina Bastos Estudante Porto, Portugal 5K

Quando se consulta um dicionário, é normal encontrarmos nalgumas palavras alguns dos seus sentidos figurados, daqui resulta algumas das minhas perguntas: em que sentido se poderá usar esses sentidos figurados e qual a legitimidade deles? Poderá usar-se esses sentidos figurados numa figura de estilo, como por exemplo a metáfora? Ou, depois, deixará de fazer sentido essa figura de estilo no texto em que se a usa?

Muito obrigado e continuação de um bom trabalho.