A melhor maneira de indicar que os sujeitos das orações da frase são correferentes é escrever:
«Uma vez que está a aproximar-se cada vez mais da falência, a empresa deve adoptar medidas imediatas.»
ou
«A empresa deve adoptar medidas imediatas, uma vez que está a aproximar-se cada vez mais da falência.»
Estas versões são preferíveis, porque a tendência é normalmente a de fazer depender a informação de uma subordinada a uma subordinante. Ora, sabendo que «deve adoptar medidas» é a subordinante, e «uma vez que está a aproximar-se mais da falência» é a subordinada, a explicitação do sujeito na subordinante facilita a interpretação correferencial do sujeito da oração subordinada.
É curioso que, nas versões apresentadas pela consulente, se sinta que o sujeito da subordinante tem de ser preenchido. Como por questões estilísticas não convém repetir a expressão «a empresa», e o emprego do pronome «ela», ainda que possível, poderá dar azo, pelo menos em português europeu, a uma sensação de redundância e até de inadequação (o pronome ela tem bem vincados traços humanos), muitos usam a expressão «a mesma». Esta não está completamente incorrecta, mas é de evitar; é preferível usá-la em expressões em que se coordenam substantivos com regências diferentes cujo complemento é preenchido pela mesma entidade referida:
«Quanto ao apoio à empresa e à recuperação da mesma...»