DÚVIDAS

Dúvida sobre deícticos
Atendendo a que: 1. Os deícticos de tempo assinalam marcos de referência temporal que têm o sujeito que fala como eixo central de referência. 2. «Na madrugada do 25 de Abril, Salgueiro Maia saiu do quartel de Santarém.» – é referência não deíctica/objectiva. Pergunta-se: imaginemos este contexto: alguém pergunta a um familiar de Salgueiro Maia, dias após o 25 de Abril: – O que fizeste esta manhã? E [o] Salgueiro Maia? E ontem? E na madrugada de hoje, o que fizeram? E [finalmente] o que fez Salgueiro Maia na madrugada do 25 de Abril? – Bem, «Na madrugada do 25 de Abril, Salgueiro Maia saiu do quartel de Santarém.» Dúvida: não será isto uma referência deíctica/subjectiva, visto se tratar de um marco de referência temporal que tem o sujeito que fala, o tal familiar de Salgueiro Maia, como eixo central de referência?
Frase interrogativa e actos ilocutórios directivos
A frase «Ana, emprestas-me a tua régua?» é do tipo interrogativa ou imperativa? Se for somente pelo ponto de interrogação será interrogativa. A minha dúvida é achar que está a ser feito um pedido e não uma pergunta. Nas gramáticas já consultadas, para crianças, os sinais de pontuação referentes à frase imperativa são o ponto final e o ponto de exclamação... mas continuo com dúvidas.
Solicitar ‘vs.’ pedir
Gostaria de obter informação sobre o emprego de «solicitar» e «pedir». Tendo em conta os destinatários (colegas, superiores hierárquicos, representantes de empresas, instituições, entre outros), qual é a forma mais correcta de abordar quando pretendo, por exemplo, pedir o envio de uma informação: – Solicito o envio da informação referida; – Peço que envie a informação referida; – Peço o favor de enviar a informação referida. Muito obrigada!
Sobre o discurso directo num conto de Eça de Queirós
Sendo o diálogo um modo de expressão cuja função varia tendo em conta diversos aspectos, nomeadamente nas obras narrativas, gostaria de saber se o discurso directo utilizado por uma personagem (sendo este o único, o qual culmina a acção) pode ser considerado diálogo, uma vez que não existe senão uma última observação do narrador que nos dá conta da reacção do "público". Refiro-me, especificamente, à última e única fala do conto de Eça de Queirós A Aia («– Salvei o meu príncipe, e agora vou dar de mamar ao meu filho!»). Aguardando a vossa resposta.
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