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Textos publicados pelo autor

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O adjetivo criterial

Pergunta: Gostaria de pedir a vossa ajuda quanto ao seguinte: atualmente, há vários documentos oficiais e académicos que usam abundantemente o adjetivo "criterial", de modo a poder distinguir, por exemplo, uma avaliação criterial (baseada em critérios) de uma avaliação normativa. Não encontrei referência a esta palavra em dicionários como o da Porto Editora (infopedia) ou o Vocabulário Ortográfico do Português. Há algum dicionário que a defina ou o seu uso é incorreto? Grata pela atenção.Resposta: ...

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O apelido Paulos

Pergunta: Qual é a origem do sobrenome Paulos?Resposta: Trata-se de um apelido (sobrenome) que talvez tenha origem no nome próprio Paulo. Pode propor-se como hipótese que o -s de Paulos seja uma marca de plural: por exemplo, considere-se, por conjetura, que uma família, com um antepassado chamado Paulo, era conhecida numa aldeia ou num bairro vilego ou citadino, como «os filhos/netos do Paulo», donde «os Paulos; mais tarde este...

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O grego e o acento tónico de prólogo e problema

Pergunta: Porque se definiu que a tradução escrita do prefixo pró, elemento de origem grega, se escreve acentuado em português? Porque um acento vem mudar tanto a definição de um mesmo conjunto de três letras: pro e pró? Grata.Resposta: A forma prefixal pró- não é sempre de origem grega. De facto, em muitas palavras – pró-eutanásia, pró-aborto, pró-alemão – tem origem...

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O uso de cujo/a = «de quem»

Pergunta: Em Auto de Filodemo, de Luís de Camões, há uma passagem coloquial assim: «Dionísa: Cuja será? Solina: Não sei certo cuja é.» Em linguagem hodierna, seria mais comum ouvir/ler «de quem será?», «não sei certo de quem é». Esse uso de cujo lembra-me o uso de cujus no latim: Cujus filius Marcus est? («De quem Marcos é filho?») Em seu livro, Tradições Clássicas da Língua Portuguesa, o Padre Pedro Andrião diz ser possível tal uso e dá-nos uma lista grande de...

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Assimilação: de ipse (latim) a esse (português)

Pergunta: Contacto-vos a propósito de uma questão que tem sido recorrente no âmbito da minha prática letiva. A propósito da evolução fonética, particularmente no processo de assimilação, tenho visto em alguns manuais ser usada como exemplo a evolução de ad sic para assim ou de ipse para esse, assumindo-se assim que, em ad sic o fonema /d/ evolui para /s/ e, em ipse, o mesmo se passa com o fonema /p/. A minha questão é simples: tratando-se de evolução...
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