No quadro da Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), de 1959, considera-se que a palavra bastante, como sinónimo de muito, é um pronome indefinido (substantivo e adjetivo)1.
Em Portugal, no contexto não universitário, inclui-se bastante quer entre os quantificadores existenciais (cf. Dicionário Terminológico – DT), cujo termo designativo equivale a pronome indefinido adjetivo (ou adjunto), quer entre os pronomes indefinidos (quando ocorre sem substantivo associado)2, correspondente a pronome indefinido substantivo ou absoluto.
1 De acordo com o Dicionário Houaiss (s.v. pronome), também usam os termos pronome absoluto («pronomes mesmos, quando absolutos») e pronome adjunto («adjetivos, quando adjuntos»).
2 O DT não apresenta bastante nos exemplos de pronomes indefinios, mas infere-se que entre estes deve ser incluído visto tratar-se do «uso pronominal de um quantificador». Na Nomenclatura Gramatical Portuguesa de 1967, bastante é classificável como pronome indefinido absoluto e adjunto – cf. nota anterior.