É com a aplicação da Reforma Ortográfica de 1911 que se fixa a escrita com acento grave, embora antes já houvesse pessoas que propunham tal grafia (cf. Gonçalves Viana e Vasconcelos Abreu, Ortografia Nacional, 1885, p. 7). O acento grave permitia (e permite) indicar o timbre aberto da vogal, apesar de a palavra monossilábica em que se insere não ter acento próprio e sujeitar-se ao da palavra seguinte.
Note-se que Cândido de Figueiredo (1846-1925), na 1.ª edição (1899) do seu Nôvo Diccionario da Lingua Portuguêsa, regista ainda ás, com acento agudo, como contração da preposição a e do plural do artigo definido as, não obstante o referido lexicógrafo ser adepto de muitas das ideias que levaram à reforma ortográfica de 1911.