Textos publicados pela autora
A diferença entre antonomásia e perífrase
Pergunta: Procurando em vários locais, encontrei definições bastante confusas sobre antonomásia e perífrase. Gostaria de saber:
1. A diferença entre antonomásia e perífrase.
2. Antonomásia é considerada um caso particular de metonímia?
3. Por que perífrase não é considerada um caso de metonímia?
Obrigado!Resposta: A antonomásia «consiste na substituição de um nome comum por um nome próprio ou, ao contrário, de um nome próprio por uma caracterização, universalmente...
«Pedir que...» vs. «pedir a alguém que...»
Pergunta: Gostaria de saber se a regência do verbo pedir na seguinte sentença está adequada:
«Professora é demitida por pedir que Trump retire 'alunos ilegais' de escola.»
O correto seria «...pedir a Trump que retire...»?
Grato pelo caprichoso serviço prestado.Resposta: Ambas as construções apresentadas estão corretas, embora tenham significados diferentes.
Na frase
(1) «Professora é demitida por pedir que Trump retire 'alunos ilegais' de escola.»
o verbo pedir é...
Análise da frase «já é dia»
Pergunta: Gostaria de saber como analisarmos a oração «Já é dia».
A minha pergunta é que tipo de predicado – nominal, verbal ou verbo-nominal?
E a palavra dia, qual é a função sintática – predicativo ou adjunto adverbial?
Grato pala resposta.Resposta: A frase apresentada pelo consulente é uma frase copulativa. As frases copulativas não constituem predicações de base verbal, porque o conteúdo nuclear da frase não é veiculado pelo verbo. Na frase apresentada, o conteúdo essencial é veiculado pelo nome...
A sintaxe do verbo desembarcar
Pergunta: «Desembarcar na ilha» – «na ilha» é complemento oblíquo, não é?
Muito obrigada.Resposta: Na frase apresentada, o constituinte «na ilha» tem a função de complemento oblíquo.
O verbo desembarcar pode ter os seguintes usos:
(i) verbo intransitivo:
(1) «Os passageiros desembarcaram.»
(ii) verbo transitivo direto:
(2) «Ele desembarcou as encomendas.»
(iii) verbo transitivo indireto:
(3) «Ele desembarcou do avião.»
(4) «Ele desembarcou em Paris.»
(iv) verbo...
Uma construção consecutiva em Os Lusíadas (canto I, est. 106)
Pergunta: Como classificar a oração «que não se arme e se indigne o céu sereno», na estância 106, vv. 5-8 de Os Lusíadas?
«Onde pode acolher-se um fraco humano,/ Onde terá segura a curta vida,/ Que não se arme e se indigne o céu sereno/ contra um bicho da terra tão pequeno?»Resposta: A oração em questão1 é uma oração subordinada adverbial consecutiva.
Esta oração está dependente das duas orações coordenadas «Onde pode acolher-se um fraco humano, / Onde terá segura a curta vida», que funcionam como orações...
