Pelourinho «(…) cada mês, há uma empresa multinacional, das mais ricas do mundo, que sai de Portugal» «Já houve 62 multinacionais, em cinco anos, ou seja, todos os meses, cada mês, há uma empresa multinacional, das mais ricas do mundo, que saem de Portugal.»1 Nesta frase, o verbo sair deve ficar no singular, pois concorda com o seu sujeito (que, relativo a «uma empresa multinacional»). Logo: «(…) cada mês, há uma empresa multinacional, das mais ricas do mundo, que sai de Portugal.» Maria Regina Rocha · 26 de março de 2007 · 3K
Pelourinho Mais "lê" menos "lê"? A nova marca "Allgarve", apresentada pelo ministro Manuel Pinho, no passado dia 16, é uma ofensa aos algarvios, a todos os portugueses, a todos os que falam português e a todo o ser vivo pensante. Ensina-se nas nossas escolas que os árabes entraram na Península Ibérica em 711 e aqui permaneceram cerca de cinco séculos, ocupando a faixa centro-sul. Por isso é que a presença de palavras de origem árabe é extremamente marcante no português actual. Ana Martins · 24 de março de 2007 · 4K
Pelourinho Fétiche = feitiço Notícia do jornal 24 Horas, de 21 de Março p. p., sobre a preparação do Futebol Clude do Porto para o jogo com o Benfica: «Tomo Sokota regressou este mês ao Dínamo Zagreb e criou um vazio num dos grandes “fetiches” do FC Porto (…): ir buscar jogadores ao Benfica.» Maria Regina Rocha · 22 de março de 2007 · 5K
Pelourinho Paulo Portas e os tempos verbais Paulo Portas, a seguir ao tumultuso Conselho Nacional do CDS-PP, em declarações via Jornal da Tarde da RTP 1, de 19 de Março p. p.: «Lamento profundamente que a direcção do CDS tenha mau perder. Perdeu uma vez, perdeu duas vezes, perdeu três vezes e, quando percebeu que perdeu, bateu com a porta e foi-se embora.» Maria Regina Rocha · 20 de março de 2007 · 3K
Pelourinho Cordas e cordelinhos É comum o recurso a expressões idiomáticas na comunicação social, inclusivamente nos títulos. «Sonae.com admite "voltar à carga" daqui a um ano» (Agência Financeira, 2/3/07), «IPPAR aponta o dedo à autarquia» (Rádio Renascença, 5/3/07), «Bush põe América Latina a ferro e fogo» (Portugal Diário, 10/3/07). Ana Martins · 20 de março de 2007 · 5K
Pelourinho "All… garve"?! No "Jornal da Noite" da SIC de 16 de Março de 2007 foi noticiado que «o Governo português vai investir nove milhões de euros na promoção e realização de eventos no Algarve» e que, «para vender melhor a região, o Governo até aprova, e paga, uma mudança de nome de português para qualquer coisa tipo inglês: acrescenta-se um "... Maria Regina Rocha · 19 de março de 2007 · 3K
Pelourinho «Mais bem tratado» ( não “melhor tratado”) Na última página da edição de 14 de Março do jornal 24 Horas, Joaquim Letria escreve que o presidente do Uruguai «ficou muito impressionado com a doação, manifestou a sua gratidão, mas avisou que não quer caridade e que preferia ter sido melhor tratado no âmbito do Mercosul (…)». Maria Regina Rocha · 15 de março de 2007 · 6K
Pelourinho Emoção, alegria e satisfação não são adjectivos… Telejornal, RTP 1, 13 de Março p. p. Numa peça sobre as reacções ao aparecimento do bebé de Penafiel, que tinha sido raptado do Hospital Padre Américo, o pivô José Alberto Carvalho quer saber o que dizia o hospital perante o desfecho do caso. O repórter no local respondeu deste modo: «O hospital resume em poucas palavras, mas que se pode traduzir numa única só: emoção, alegria, satisfação. Tudo adjectivos para um único sentimento.» Maria Regina Rocha · 15 de março de 2007 · 2K
Pelourinho «É bom ver» (e não “é bom de ver”) «É bom de ver à lupa os golos do Benfica ontem à noite no Estádio da Luz», ouviu-se numa notícia do Diário da Manhã da TVI (13 de Março p. p.). Obviamente está a mais a preposição de. O sujeito do predicado «é bom» é toda a sequência «ver à lupa os golos do Benfica ontem à noite no Estádio da Luz»: «ver à lupa os golos do Benfica é bom». Exemplos da mesma situação: «É bom recordar o passado» (= recordar o passado é bom); «é bom aprender a ler» (= aprender a ler é bom). Maria Regina Rocha · 14 de março de 2007 · 4K
Pelourinho Ainda a confusão entre «ir ao encontro de» e «ir de encontro a» A confusão entre «ir ao encontro de» e «ir de encontro a» continua a ler-se e ouvir-se nos meios de comunicação social portugueses. A jornalista Judite de Sousa, apresentadora do... Maria Regina Rocha · 13 de março de 2007 · 18K