Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

Artigo publicado no semanário "Sol" de 15 de Agosto de 2008, na coluna "Ver como se diz".

A "Lusa" publicou uma reportagem (30/07/08) sobre a grafia estropiada nos SMS e chats.

Porquê Eusébio <i>Cup</i>?

O Benfica, o clube português com mais adeptos — adeptos portugueses, mas, provavelmente, também, com mais adeptos de outros países de expressão oficial portuguesa —, não encontrou melhor forma para homenagear o seu mais popular jogador de sempre, moçambicano de nascimento e português de nacionalidade, do que intitular o jogo (com o Inter de Milão) e o troféu atribuído ao vencedor de...  "Eusébio Cup".

O

Mais um exemplo da interminável cadeia de erros de português do "Público". A imagem reproduz um título da edição electrónica, mas isso não dá direito a redução de pena, muito menos a descriminação. Este é um dos casos que não suscita dúvidas:

discriminar é tratar de forma desigual;

descriminar é sinónimo de descriminalizar, que signifca «absolver do crime imputado, justificar, legalizar».

Quando somos crianças aprendemos a falar por imitação e interiorização de rotinas e padrões que instintivamente captamos na interacção com os adultos, em actividades sociais diversificadas. Antes de entrarmos para a escola já somos detentores de uma firme competência lexical e sintáctica.

Iliteracia à solta
 

  

O que dizer de quem (no “Público”) escreve “expectador”, em vez de espectador? E de quem (ibidem) não sabe que o pronome quem só se usa para pessoas? Ou, pior ainda, de quem ainda escreve (no “Correio da Manhã”) “interviu”, em vez de interveio? Iliteracia à solta...

A iniciativa, apresentando-se «privada e apartidária», visa, supostamente, «identificar o talento global português e fomentar o networking nessa comunidade com o objectivo de criar valor para o país, através da partilha de conhecimento num ambiente web 2.0». Num português assim tão macarrónico o nome dado à coisa nem surpreende: Star Tracking. Estranho foi só o... 

«…os documentos que encontram-se em anexo a esta acta»

«Alguém pode-se lembrar…»

«Junto enviamos-lhe o seu cartão…»

«Nada mais exprime-se…»

Começa a ser cada vez mais comum ouvir construções deste tipo, quer na oralidade quer na escrita. Os exemplos não acabam.

Foi notícia em Março do ano passado: o Governo português destinou 9 milhões de euros para o relançamento do Algarve como destino turístico, com a transmutação do Algarve em "Allgarve".

O Verão está à porta e quem tencionar passar férias no Algarve terá de consultar a página do… "Allgarve": http://www.allgarve.pt/. O texto que aí se encontra sob o tópico «O que é o Allgarve» é aterrador. Não falo de falhas triviais (gravosas todavia) n...

Cartão amarelo para o jornal “The Ball”

Sobre o o uso do anglicismo naming e dos estrangeirismos em geral em registo noticioso (no caso, num jornal desportivo português) – «que deve ser, por definição, simples, claro e preciso», portanto, acessível mesmo a quem não saiba inglês – neste apontamento crítico do jornalista João Alferes Gonçalves, a que se juntou o que se defende para o espanhol e o francês, também.

Durante estas duas semanas passadas as nossas televisões continuaram a mostrar como se fala mal na nossa língua portuguesa.

Na SIC Notícias, a propósito da agressão ao magistrado, em Santa Maria da Feira, disse a repórter em off que as forças da PSP e da GNR "interviram". Também Jo...