Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.
Diga paraolímpicos

Artigo publicado no suplemento desportivo Sport, do Correio da Manhã de sábado, 13 de Setembro de 2008, sobre a forma "paralímpico".

Não se sabe quem foi o responsável por mais uma das tais calinadas que, de repente, se espalham como a gasolina em cima do lume e toda a gente – desde jornais, televisões, rádios, ao homem da rua, políticos, intelectuais, etc. – desata a dizer e a escrever ‘Jogos Paralímpicos’ ou a falar de ‘paralímpicos’!

Artigo de Maria Regina Rocha no Diário do Alentejo de 12 de Setembro de 2008, na sua coluna A Vez… ao Português, sobre "a triste subserviência de responsáveis portugueses à língua inglesa".

Num dos passados domingos, na RTP1, ao serão, foi transmitida uma comédia americana produzida em 1996, Corações Roubados (título original: Two if by the sea), que começa com o roubo de...

Um comentador desportivo da BBC foi despedido por ter levado a sua «criatividade» longe demais. Durante o relato de um desafio de futebol na Radio Manchester (BBC), Chris Price disse que a defesa de uma das equipas tinha «mais buracos que um avião espanhol». Choveram protestos dos ouvintes, Price foi obrigado a pedir desculpa e a BBC mandou-o exercitar a sua criatividade à procura de um novo emprego. (...)

Chove sobre a gramática

 

 

O Instituto de Meteorologia português  previu que distrito se escreve com c antes do segundo t e falhou estrondosamente.

Prevêem-se outras borrascas se o trabalho de edição do sítio de quem nos fala do bom e do mau tempo não for entregue a quem saiba minimamente de gramática…

Artigo publicado no semanário "Sol" de 15 de Agosto de 2008, na coluna "Ver como se diz".

A "Lusa" publicou uma reportagem (30/07/08) sobre a grafia estropiada nos SMS e chats.

Porquê Eusébio <i>Cup</i>?

O Benfica, o clube português com mais adeptos — adeptos portugueses, mas, provavelmente, também, com mais adeptos de outros países de expressão oficial portuguesa —, não encontrou melhor forma para homenagear o seu mais popular jogador de sempre, moçambicano de nascimento e português de nacionalidade, do que intitular o jogo (com o Inter de Milão) e o troféu atribuído ao vencedor de...  "Eusébio Cup".

O

Mais um exemplo da interminável cadeia de erros de português do "Público". A imagem reproduz um título da edição electrónica, mas isso não dá direito a redução de pena, muito menos a descriminação. Este é um dos casos que não suscita dúvidas:

discriminar é tratar de forma desigual;

descriminar é sinónimo de descriminalizar, que signifca «absolver do crime imputado, justificar, legalizar».

Quando somos crianças aprendemos a falar por imitação e interiorização de rotinas e padrões que instintivamente captamos na interacção com os adultos, em actividades sociais diversificadas. Antes de entrarmos para a escola já somos detentores de uma firme competência lexical e sintáctica.

Iliteracia à solta
 

  

O que dizer de quem (no “Público”) escreve “expectador”, em vez de espectador? E de quem (ibidem) não sabe que o pronome quem só se usa para pessoas? Ou, pior ainda, de quem ainda escreve (no “Correio da Manhã”) “interviu”, em vez de interveio? Iliteracia à solta...

A iniciativa, apresentando-se «privada e apartidária», visa, supostamente, «identificar o talento global português e fomentar o networking nessa comunidade com o objectivo de criar valor para o país, através da partilha de conhecimento num ambiente web 2.0». Num português assim tão macarrónico o nome dado à coisa nem surpreende: Star Tracking. Estranho foi só o...