Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Aquele e àquele A propósito das recentes di(con)vergências entre António Costa e António José Seguro, o principal semanário português publica um texto que traça uma espécie de biografia comparada de ambos, no qual, a dado trecho, se diz: «Mesmo que subliminar, há um certo 'preconceito de classe' deste em relação aquele» (Expresso, n.º 2101, de 2 de fevereiro de 2013, caderno principal, p. 5). Paulo J. S. Barata · 20 de fevereiro de 2013 · 16K
Pelourinho // Estrangeirismos O recorrente erro do realizar (por perceber) Num artigo em forma de carta dirigida ao ministro Álvaro Santos Pereira, Miguel Sousa Tavares reincide no mau uso do verbo realizar. A frase é esta: «Acontece, Álvaro, por aquilo que já me foi dado perceber,que você ainda não realizou bem onde está: num país chamado Portugal»(Expresso, primeiro caderno, p. 7) Deveria lá estar obviamente entendeu ou compreendeu, em lugar de "realizou", um «falso amigo» oriundo de uma tradução indevida do verbo inglês to realize, que significa perceber, compreender, entender. (...) Paulo J. S. Barata · 20 de fevereiro de 2013 · 8K
Pelourinho // Corruptela Envangelho?! Há uns dias, aproveitando um feriado, terminei finalmente a leitura do Ensaio sobre a Lucidez, de José Saramago. Paulo J. S. Barata · 20 de fevereiro de 2013 · 5K
Pelourinho E se a revisão filológica fosse mais rigorosa? A linguagem literária permite liberdades estilísticas que a linguagem referencial, assente na norma, não aceita. As escritas dos porventura dois mais representativos escritores da nossa contemporaneidade, José Saramago e António Lobo Antunes, são, aliás, disso bons exemplos. E ainda bem que assim é, pois só assim a língua se recria, se reinventa, se enriquece. Pessoalmente, leio com grande prazer os textos de um e de outro. Paulo J. S. Barata · 20 de fevereiro de 2013 · 5K
Pelourinho Uma Beneficiência não beneficente Um dia destes chegou-me às mãos uma correspondência do Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS). O TCAS fica situado na Rua da Beneficência, em Lisboa, porém, o sobrescrito a que tive acesso refere Rua da Beneficiência. Paulo J. S. Barata · 20 de fevereiro de 2013 · 4K
Pelourinho Porquê “bazookada”?! Surpreendi no jornal português Record (n.º 11 848, de 20 de setembro de 2011, p. 40) a palavra bazookada (do inglês bazooka), confirmando uma tendência recente para alguns aportuguesamentos de contestável legitimidade. Neste caso, ainda por cima, não há nenhuma razão para que não se proceda ao seu aportuguesamento regular, desde logo porque já existem palavras da mesma família em português. Paulo J. S. Barata · 20 de fevereiro de 2013 · 4K
Pelourinho // Inadequação vocabular Um caso de sinonímia… errada Títulos iguais não significa que os documentos em causa sejam sinónimos, como se recorda neste texto do jornalista Wilton Fonseca, na sua coluna no diário i, de 14 de fevereiro de 2013. Wilton Fonseca · 14 de fevereiro de 2013 · 4K
Pelourinho // abreviaturas O barbarismo das siglas e o caso da DGEstE Através do Decreto-Lei n.º 266-F/2012, foi criado um novo organismo oficial em Portugal, no Ministério da Educação e Ciência (MEC): a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, que, entre outras, sucede nas atribuições às antigas Direções-Regionais da Educação. Esse organismo recebeu a sigla DGEstE. Paulo J. S. Barata · 25 de janeiro de 2013 · 6K
Pelourinho «Removedor de cotão»… … e da língua portuguesa Mais do que «um problema de tradução», um caso que «é muito mais um problema de saúde pública.» Na língua portuguesa, e não só… Texto publicado no jornal "i" de 21/01/2013. Se um produto é destinado ao mercado português, a sua rotulagem deve ser feita em língua portuguesa. Há legislação sobre o assunto, trata-se de um direito básico do consumidor nacional. Wilton Fonseca · 21 de janeiro de 2013 · 3K
Pelourinho // Inadequação vocabular O bufete dos advogados Deambulando pela programação televisiva disponibilizada pela Zon, dei com esta sinopse da série A Firma, que passa no AXN:«Mitch McDeere, um jovem e brilhante advogado recém saído da faculdade de Harvard vê-se seduzido pelas promessas de um prestigioso bufete de advogados de Memphis. No entanto, passado pouco tempo de entrar, começa a suspeitar que algo estranho passa na tão ilustre firma» (A Firma, T. 1, Ep. 11). Paulo J. S. Barata · 14 de janeiro de 2013 · 2K