Pelourinho Brevidade e clareza «[…] escrever bem é saber cortar palavras, é saber reescrever textos, é ser breve. Ser contido nas palavras não implica ser simples ou superficial, mas antes saber utilizar as palavras certas e em poucas linhas transmitir a dimensão de um acontecimento.», como se aponta neste texto publicado no jornal i, do dia 26 de novembro de 2012, que a seguir se transcreve na íntegra, com os devidos agradecimentos ao autor e ao diário português. Wilton Fonseca · 26 de novembro de 2012 · 5K
Pelourinho // Revisão de texto Uma mandatária transformada em bastonária Nas Breves do Expresso de 24 de novembro de 2012 (Primeiro Caderno, p. 11) diz-se: «AUTÁRQUICAS — Isabel Magalhães, independente, ex-bastonária de Jorge Sampaio em Cascais e ex-vereadora da oposição (eleita nas listas do CDS) no mandato de José Luís Judas, vai candidatar-se a Cascais.» Paulo J. S. Barata · 26 de novembro de 2012 · 3K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Consecutivamente ≠ repetidamente «Falar repetidamente» de um determinado assunto nada tem que ver com «falar consecutivamente» sobre esse mesmo assunto como se aponta neste texto publicado no jornal i do dia 19 de novembro de 2012, que a seguir se transcreve na íntegra, com os devidos agradecimentos ao autor e ao díário português. Wilton Fonseca · 19 de novembro de 2012 · 4K
Pelourinho // Inadequação vocabular Um lagar posto a "produzir" azeitonas... Em matéria de língua portuguesa, basta estar atento e o insólito aparece mesmo nas situações mais inesperadas. Surge onde está a linguagem e esta está por todo lado. Um dia destes à mesa dei comigo a ler o contrarrótulo de uma garrafa de azeite Esporão. O texto rezava assim: Paulo J. S. Barata · 18 de novembro de 2012 · 4K
Pelourinho // Revisão de texto Uma revisão in(c)sipiente Um desastrado insipiente no lugar que devia ter sido corretamente escrito: incipiente. «Este é um daqueles erros detetáveis apenas pelo olho humano. Só não erra quem não escreve. Mas já se compreende pior que nem os copidesques de um jornal de referência – certamente não insipientes, e cujos conhecimento e experiência não serão, também, incipientes – o tenham evitado...» Paulo J. S. Barata · 13 de novembro de 2012 · 5K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público «Próximos do prazo de validade» «O prazo pode determinar a validade, a validade não afecta o prazo», alerta o jornalista Wilton Fonseca, a propósito da frase «[os medicamentos] estão próximos do prazo de validade». In jornal "i" de 12/11/2012. A questão é o «prazo de validade», ou a maneira como uma simples notícia – a criação de um banco de medicamentos e produtos de saúde para os mais carenciados – pode ser transformada num quebra-cabeças. Wilton Fonseca · 12 de novembro de 2012 · 5K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Providenciar em vez de prover A diferença entre ambos os verbos, neste apontamentodo jornalista Wilton Fonseca, publicado no jornal i, a propósito de uma outra palavra mal utilizada pelo primeiro-ministro português. Com a sua “refundação”, Passos Coelho mostrou mais uma vez a pouca familiaridade com que ele e o seu Governo tratam a língua portuguesa. A incapacidade de exprimir claramente uma ideia demonstra incapacidade mental e ideológica. Wilton Fonseca · 5 de novembro de 2012 · 5K
Pelourinho // Tradução Tradução, traição «Acontecimento maior do noticiário internacional da altura, a discussão do orçamento espanhol “virou” discussão “dos pressupostos espanhóis”». Uma má tradução reveladora da falta do serviço regular da agência de notícias portuguesa, em greve nesse dia. Wilton Fonseca · 31 de outubro de 2012 · 4K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Erros maciços Há dias, percorrendo a programação dos diferentes canais de televisão disponibilizada pela Zon, deparei-me com esta sinopse do filme Terramoto no Gelo (15 de outubro de 2012): «Na véspera de Natal uma massiça placa de gelo colapsa na Russia provocando uma onda de choque por todo o Alaska deixando uma família isolada no meio da neve dependendo de si mesmos para sobreviver.» Paulo J. S. Barata · 29 de outubro de 2012 · 3K
Pelourinho // Mau uso da língua nos media A “smsização” da língua Nos jornais e na blogosfera «Depois do quase total desaparecimento da prosa por assim dizer jornalística (e “jornalística” é o pior que se pode dizer de uma prosa) do ponto e vírgula, das perifrásticas, dos tempos composto e, de um modo geral, de tudo o que vá além do pretérito perfeito e do modo indicativo (sobrevivem ainda, penosamente, uma ou outra incursão no condicional ou no futuro), parece que a “smsização” da língua chegou aos sinais de pontuação.» Crónica jornalista e escritor Manuel António Pina (1943 – 2012), publicada originalmente no "Jornal de Notícias" de 3 de agosto de 2006, transcrita do livro do autor Por Outras Palavra & Mais Crónicas de Jornal (Modo de Ler – Editores e Livreiros, Porto, 2010). Escrita segundo a norma ortográfica de 1945 Manuel António Pina · 24 de outubro de 2012 · 6K