Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.
A resistência às <i>manifes</i> e o vezo às

A resistência às manifes e o vezo às “manifs” voltaram a emergir, um pouco por todo o lado, nos registos jornalísticos das grandes manifestações de 15 de setembro, contra a austeridade e as medidas recessivas em Portugal e por toda a Europa, em geral. E, claro, nos comentários e escritos deixados na blogosfera, por regra ainda mais descuidados. É repetido, mas não custa nada lembrar o que Carlos Rocha já clarificara no anterior apontamento "Manifs" e manifes:

Evacuação

«”Deflagrar”, “lavrar”, “consumir”, “prejuízos incalculáveis”, “cortina de fumo” estão no “top ten” dos jornalistas quando há incêndios», lembra o ex-diretor da agência Lusa, neste apontamento à volta do recorrente mau emprego do verbo evacuar nos media portugueseses. In jornal i de 10 de setembro de 2012.

«… o resultado foi devastador: água por todos os lados, tiros certeiros na gramática e a língua a pique, tendo surgido, aos borbotões, “emersões” e “imersões”, “emergíveis”, “imersíveis” e “imergíveis”». Texto publicado no jornal “i” de 27/08/2012, na coluna do autor “O ponto no i”.

 

Uma moral fortemente abalada

«Todos sabemos que não é só nos Jogos Olímpicos que Portugal fica aquém das metas e longe das medalhas. Mas se no desporto essas falhas têm sobretudo consequências para a moral nacional, na economia costumam ter preços bem mais altos.» Editorial do jornal Público de 24 de agosto de 2012, sob o título "Falta saber o preço de não atingir a meta".

 

Um <i>h</i> pela medida grossa

Medidas até podia havê-las, para o caso em apreço (o “vapor” «que vai faltando» à publicidade nos media portugueses, na televisão em particular). Não as havendo, o “h” naquele há medida que só mesmo pela medida grossa.

«Quem puder que estabeleça a fronteira entre a javardice e a arte urbana, entre o irrelevante e a contravenção, entre o vandalismo e o respeito pela propriedade alheia, entre um italianismo e o seu aportuguesamento». Texto publicado no jornal "i" de 13 /08/2012.

«Absolutamente excepcional» é tão despropositado (...) como «completamente normal», «totalmente pleno», «absolutamente total» ou «vulgarmente completo». In jornal “i” de 30/07/2012

 

Não consultei o texto do comunicado do Conselho de Mini...

Um regresso «com desagrado e alguma frustração» do provedor do leitor do jornal Público ao tema recorrente dos erros ortográficos e gramaticais que tanto diminuem quem nele escreve: «Os exemplos (...), entre os muitos (...), não se explicam por distracção ou momentânea negligência. Revelam ignorância, indic...

Sobre a confusão entre «prisioneiros» e «detidos», assinalada neste texto crítico do jornalista Wilton Fonseca na sua coluna O Ponto do i, no jornal i do dia 16/07/2012, à volta de erros cometidos nos media portugueses.

 

Numa altura em que tudo o que ocorre em Espanha interessa sobremaneira aos portugueses, seria desejável que a informação veiculada pela correspondente da RTP em Madrid fosse isenta.

Texto publicado no jornal i de 9/07/2012, na coluna do autor, Ponto no i, à volta de erros nos media portugueses.


«Soltar a franga», expressão popular brasileira, significa romp...