Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

Tomo de empréstimo esta frase do antigo procurador-geral da República português, Pinto Monteiro, com a qual invetivou os deputados, a propósito de um diploma legal, para titular este caso incompreensível…

A (errada) repetição do artigo definido na citação de jornais com eles já incluídos nos respetivos títulos é o tema desta crónica publicada na coluna semanal do autor, no jornal i, de 12 de setembro de 2013.

 

Os falsos cognatos ou falsos amigos são uma realidade para a qual qualquer tradutor tem de estar em permanente alerta e nunca facilitar. Traduzir do inglês patron por patrão pode parecer óbvio e intuitivo mas revela-se uma armadilha. O presumível erro – já que não o cotejei com a versão original – encontrei-o no guia de viagens da Porto Editora, publicado em 2012 e dedicado à cidade de ...

Um «a fim» nada «afim»

«Afim de capturarem um perigoso terrorista a CIA estende-lhe uma armadilha contando para tal com a ajuda de um sósia do criminoso» (sinopse do filme Caça ao Terrorista, exibido em 27 de agosto (21h30), no canal Hollywood.

 

O que deveria lá estar era a locução «a fim de», que significa «para», «para que», «com o propósito/a finalidade/o intuito/o objetivo/a intenção de», e não o adjetivo afim, que significa «que tem afinidade, semelhança ou ligação». (...)

«No sábado empocharam novo troféu e com o maior mérito», referia Alberto do Rosário, a propósito da conquista da Supertaça por parte do Futebol Clube do Porto, na coluna Bilhar Grande (Record, 12 de agosto de 2013, p. 40).

«Sitiada no segundo piso do estádio, com acesso pela porta 27, a Benfica TV ocupa uma zona reservada a camarotes» (Sábado, n.º 485, 14 a 21 de agosto de 2013, p. 87).

A propósito dos presumíveis autores dos incêndios que, por estes dias, fustigam Portugal, refere um leitor do Público:


«Quem foram essas pessoas? Residentes locais, moradores perto das zonas ardidas? Pessoas com atividade suscetível de beneficiar da terra queimada? Madeireiros? Pastores? Criadores de gado? Dementes mentais? […]» (14 de agosto de 2103, p. 44; grafia atualizada por nós).

Sobre como a opção pela reportagem em direto, em situações de catástrofe, nem sempre coincide com o uso sereno que a boa gramática exige. Texto do autor publicado no jornal “i” de 1/07/2013.

 

As primeiras notícias não indicavam que a tragédia ferroviária de Santiago de Compostela iria assumir as proporções que mais tarde se verificaram.

«Foi-lhe, contudo, impossível fazê-lo por indisponibilidades várias – mas não deixou de avisar que amanhã estará às 9.30 na Estrela para seguir à frente da equipa de futebol em direção ao cemitério dos Prazeres, onde se cumprirão as ezéquias fúnebres.»

Referia uma pequena notícia n'A Bola (30 de julho de 2013, p. 4) para explicar a ausência do atual presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, do velório de Fernando Martins, antigo líder daquele clube.

«Com Catió Baldé e Bebiano Gomes, empresário e advogado do extremo, as posições ficaram estremadas […]»,  escrevia-se, assim mesmo, no semanário Expresso (Primeiro Caderno, 20 de julho de 2013, p. 37), a propósito de uma notícia sobre o jogador do Sporting, <a href="http://www.maisfutebol.iol.pt/sporting/contrato-bruma-sporting-maisfutebo...