Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.
Como (não)  publicar erros gramaticais
O verbo haver e os seus tratos de polé
Por José Mário Costa/Sara Mourato

O pobre do verbo haver, volta e meia, lá tem de vir  para o Pelourinho... Não ele, sem culpa nenhuma, mas por causa de quem faz tábua rasa do – provavelmente –  normativo mais básico da gramática.

 

Um preço inexistente
A forma errónea 0,37 "cêntimos", a propósito do custo do petróleo

O começo do mês de março de 2020 fica marcado não só pela propagação da doença do coronavírus, mas também pela queda do preço do petróleo em resultado de um diferendo entre a Federação Russa e a Arábia Saudita. Um jornal português até dá conta de o petróleo estar mais barato do que a própria água, que por litro custa cerca de... "0,37 cêntimos". Mas será este o valor que se pretende mencionar? O professor Guilherme de Almeida, especialista em termos e unidades de medida, explica como a notícia exibe e reitera um erro crasso.

O autor segue a ortografia anterior à norma atualmente em vigor.

A bem da previdência e do respeito pela língua da República
Uma candidatura a precisar de urgente revisor linguístico...

O cartaz da apresentação  pública da candidatura do deputado português André Ventura à Presidência da República tinha não um, não dois, mas três erros  tão garrafais quanto a respetiva legenda...

Onde foi parar o hífen?
A hifenização em palavras compostas designando espécies botânicas e zoológicas

Sabe-se que o uso do hífen nas palavras compostas é matéria de recorrentes desacertos. Não se esperaria, porém, que isso acontecesse num concurso televisivo cujos participantes são desafiados a provar que a sua cultura geral passa também pelo domínio do idioma nacional... Ainda por cima, sendo frequente os erros neste espaço da televisão pública portuguesa... 

A pronúncia da palavra <i>obus</i>
Um erro de leitura grave com uma palavra aguda

Não são muitas as palavras de duas sílabas que terminam em -us e se escrevem sem qualquer acento gráfico, como acontece com Jesus, que tem acento tónico na última sílaba, constituindo, portanto, uma palavra aguda (isto é, oxítona). Mas a raridade destes casos não é desculpa para fazer de obus uma palavra grave. Um apontamento de um nosso consulente, o professor João Nogueira Costa.

O verbo <i>estar</i>  trocado pelo verbo <i>ter</i>
Um legenda...inadvertida

Aconteceu num programa da RTP1  uma  inadvertida legenda: em vez  da 3.ª pessoa do singular  do pretérito perfeito do indicativo do verbo estar,  ficou como se tratasse do verbo ter ...

Um presidente americano entre vírgulas
Um caso de pontuação referencialmente absurda

De como o conhecimento do mundo pode tornar absurdas certas vírgulas. O tradutor Luciano Eduardo de Oliveira dá conta de um caso ocorrido no canal internacional da televisão pública portuguesa.

Quem sabe ler
A acentuação gráfica e as sílabas tónicas

A anedota publicada por Rui Rio na rede social Twitter e em que pôs os pés pelas mãos no que toca a palavras não acentuadas. Um apontamento do professor João Nogueira da Costa, que o publicou na sua página de Facebook em 19/01/2020.

Após
Erros de ortografia do ministro da Educação do Brasil

 Os erros de ortografia do ministro da Educação do Brasil, Abraham Weintraub, até já foram glosados no jornal inglês The Guardian...

A pronúncia de <i>taxidermia</i>
Uma palavra grave, e não esdrúxula

Num concurso televisivo useiro em erros de português, ouviu-se falar em "taxidérmia", como o mesmo que «arte ou profissão de preparar cadáveres de animais, de modo que estes conservem, tanto quanto possível, certas características morfológicas que apresentavam em vida» (dicionário da Infopédia). Esta é a definição de um termo cuja grafia correta é taxidermia.