O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.

Há problemas muito mais importantes no plano do jornalismo (com repercussões mais graves), mas os pormenores são o tema da crónica desta semana porque a quantidade de erros parece excessiva.

China

«Não lhe tomarei muito tempo, mas não posso deixar de lamentar que o jornal Público transforme ignorância em informação pelo dedo de um senhor não identificado que opta por não se centrar na notícia e resolve mo...

Com 350 mil verbetes, a Academia Brasileira de Letras edita o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. A primeira edição, produzida por Bloch Editores, sob a orientação do Acadêmico Antonio Houaiss, saiu em 1981, ficando fora do mercado mais de 10 anos. Embora ainda não tenhamos o Acordo Ortográfico na unanimidade das sete nações da comunidade lusófona (Brasil, Portugal e Cabo Verde já deram sua aprovação), eliminando elementos quase supérfluos, como é o caso do trema, o certo é que a lí...

Excessiva utilização de anglicismos

O uso excessivo de estrangeirismos no jornal Público e a errada acentuação dos verbos  regulares na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo neste apontamento do provedor dos leitores do jornal português, Rui Araújo, publicado no dia 10 de Junho de 2007, com o título original “O melhor jornal da paróquia”. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Fenômenos como a conjunção adversativa "só que" mostram que, no idioma, a necessidade de bem comunicar o que se deseja cria suas estruturas gramaticais

Emergente é conceito elástico. Em sociedade, é sinônimo de novo-rico. Em economia, batiza os países cuja explosão de desenvolvimento ainda não os levou ao primeiro escalão mundial.

Em gramática, há também os emergentes do idioma. São os recursos incorporados recentemente como gramaticais, sempre bom pretexto de desacordo entre especialistas.

«O Livro de Estilo do Público é peremptório ("anglicismos – deve-se evitá-los quando há o termo equivalente em português: antecedentes ou enquadramento, em vez de background; finta, em vez de dribbling; meios de comunicação social, em vez de mass media..."), mas a língua de William Shakespeare (e do prosaico George W. Bush) está a invadir as páginas do jornal. (...)

Um despacho da EFE informava, há cerca de um mês, o seguinte: «Dois senadores chilenos, tradicionais antagonistas políticos, deixaram de lado diferenças e aderiram a uma iniciativa espanhola para salvar palavras em "perigo de extinção", com o objectivo de enriquecer o idioma.»

Português, tétum ou tetuguês
A política da língua em Timor-Leste

«O problema linguístico é fundamental em Timor, porque está em questão a própria identidade do novo país. Deverá ser adoptado o português, o tétum, o bahasa Indonésia ou o inglês? A importância do português parece consensual, mas onde levará a política de ensino que está a ser seguida?»

 

Artigo do jornalista Paulo Moura, transcrito, com a devida vénia, do jornal Público, com a data de 7 de maio de 2007. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

A reinvenção da língua portuguesa em Moçambique
Por Mia Couto

Moçambique é um dos 37 Estados que integra a União Latina, organização que se dispõe a valorizar o património plural e diverso do mundo que se expressa nas chamadas línguas latinas.

«A propósito da entrevista a Camané publicada no suplemento "Ípsilon" de dia 27/04 e conduzida por João Bonifácio, gostaria de dizer o seguinte:

Numa entrevista profissional, não basta parecer, há que ser.

O Sr. João Bonifácio aparenta uma grande admiração por Jacques Brel, nomeadamente pela música "Ne Me Quitte Pas".

Claro, todo o mundo já ouviu falar que as línguas são como seres vivos, que mudam com o tempo e até morrem. É verdade e, se não fosse assim, ainda estaríamos falando latim. Nada, portanto, contra as mudanças na língua, contanto que sejam ditadas por uma razão mais ou menos respeitável, até mesmo pela famosa lei do menor esforço, quando não redunde em empobrecimento da capacidade de expressão.