O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.

A propósito do Dia de S. Martinho, assinalado a 11 de Novembro em Portugal, Maria Regina Rocha volta escrever sobre algumas palavras do culto religioso católico e não só, num artigo publicado no Diário do Alentejo de 14 de Novembro de 2008.

 

Artigo de Maria Regina Rocha publicado no Diário do Alentejo, na coluna "A vez ao… português", de 31 de Outubro de 2008, à volta de quatro palavras da área vocabular da Igreja Católica.

 

Sobre o papel das "metáforas conceptuais" na caracterização da crise económica mundial — um artigo de Ana Martins no Sol.

Quando Manuela Ferreira Leite era ministra das Finanças, referiu-se, várias vezes, a certos indicadores económicos como sintomas de uma doença que estava a ter tratamento.

Como é que é possível desenvolver e divulgar um estudo científico sem recorrer a uma metalinguagem rigorosa, unívoca e objectiva? Não é. Eis o tema desta artigo do professor universitário português Manuel Gonçalves da Silva, publicado no Diário Económico de 2 de Outubro de 2008, e que a seguir reproduzimos com a devida vénia.

Texto de José Mário Costa editado na secção Cartas ao Director do Público de 16 de Setembro de 2008, reafirmando que a forma  recomendada é paraolímpico (e não "paralímpico" ou "para-olímpico"), a despeito de uma tese da autoria do professor Custódio Magueijo, da Universidade de Lisboa, que prefere a grafia "parolímpico".

Texto de Ana Martins no semanário Sol, sobre as dimensões linguística e cognitiva da metáfora.

A metáfora é vulgarmente definida como uma figura de estilo, própria do texto literário. São metáforas célebres o «fogo que arde sem se ver», de Camões, o «manto diáfano da fantasia», de Eça, ou o «comboio de corda que gira a entreter a razão», de Pessoa.

«O deputado federal [brasileiro] Sarney Filho (PV-MA) atuou nos últimos 15 dias para convencer [o presidente] Lula a não ir à Natal...» Temos aqui um caso de uso indevido do acento grave, indicador da ocorrência de crase. Porquê? Explicação, com a devida vénia, da professora Thaís Nicoleti Camargo, na sua coluna “Dicas de português”, na página Uol Educação.

A insistência na forma "paralímpico(s)" — uma adaptação forçada do inglês 'paralympic', como aqui se lembrava, e a despeito, inclusive, do parecer da professora Margarita Correia — levou a este novo esclarecimento de Maria Regina Rocha, a pedido da RTP. Apesar desse pedido, a própria RTP ignorou posteriormente ambos os esclarecimentos prestados.

 

Paraolímpico (e não “paralímpico”, nem “para-olímpico)

Parecer da linguista Margarita Correia, solicitado pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude sobre a grafia de paraolímpico — e não para-olímpico nem, muito menos, “paralímpicos”. Os argumento nesta transcrição, por autorização expressa da autora e da Associação de Informação Terminológica, sob o título original “Paralímpico vs. para-olímpico vs. Paraolímpico”.

Um estilo de redacção que capta audiências

O artigo anterior foi dedicado à detecção de marcas linguísticas do discurso tablóide. Um desses sinais é o recurso a um nível de língua coloquial ou familiar. A linguagem activada no texto da notícia é a linguagem usada pelos falantes comuns, quando comentam este ou aquele caso de polícia, este ou aquele escândalo. A linguagem dos tablóides encerra o retrato da sua própria audiência.