O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.

Decorreu, no início desta semana, o Encontro Comemorativo dos 20 anos do Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC). Completamente ignorado pela imprensa, o evento teve a originalidade de contar com a participação conjunta de linguistas e não linguistas (jornalistas, escritores, tradutores, professores de português), no debate aceso sobre norma, variação e desvio,...

Gratuito, período, Madail, juiz...

A pronúncia de gratuito e de período. E porque é que Madail – tal como Raul ou Saul, juiz ou raiz  – não têm acento? Tema da crónica de Maria Regina Rocha, no "Diário do Alentejo" de 4 de Julho de 2008.

 

O <i>desde</i> (em espanhol) e o <i>de</i> (em português)

É um dos modismos do chamado futebolês: que se está falar, ou a transmitir, desde daqui ou desde ali. Foi o que se voltou a ouvir, repetitivamente, a propósito da cobertura do Europeu de futebol, na Suíça e na Áustria. Maria Regina Rocha explica neste artigo1 a diferença entre as preposições de e desde em português e no espanhol. E aborda, ainda, a questão dos anglicismos.

 

Os falantes do Português orgulham-se da "intraduzível" palavras saudade, mas há também que olhar para as idiossincrasias linguísticas de muitos idiomas por esse mundo fora.

Que o amor é complicado, ninguém questiona. Mas o povo boro, da Índia, tem vocabulário aparentemente bem mais atento às "nuances" desse sentimento do que muitas línguas. Para eles, "onsay" significa «fingir amar»...

TU-ALINHAS?, assim mesmo mas em letras minúsculas, precedido de www. e seguido de .pt dá acesso ao site «infanto-juvenil» criado pelo Instituto da Droga da Toxicodependência (IDT) para jovens a partir dos 11 anos – quando «já não és criança, mas também ainda não és adulto».

O Instituto de Linguística Teórica e Computacional celebra, no próximo mês, 20 anos de existência, promovendo o encontro Discurso, Diversidade e Literacia: a língua portuguesa no século XXI, para o qual são chamados linguistas e não linguistas. Estarão em análise os reflexos da rápida e contínua mudança tecnológica no uso da língua, potenciando a emergência de novas formas de literacia.

O tema é pertinente.

Chama-se palimpsesto ao pergaminho manuscrito que, na Idade Média, era raspado para se poder voltar a escrever nele. Reciclagem à moda antiga.

Por associação de ideias, palimpsesto é um termo usado para explicar que, muitas vezes, um discurso entra em diálogo com outros discursos, dizeres ou vozes, de outros tempos e lugares, cumprindo novos propósitos comunicativos. Por debaixo de um enunciado há outro enunciado. Interpretar um texto é, então, dar conta de como outros dizeres aí ressoam.

Sabemos, enquanto leitores, que, quando no início de um texto se menciona uma pessoa, depois, não se pode estar sempre a repetir o nome próprio que a identifica. Por exemplo, se uma notícia começa por «Durão Barroso», a seguir aparece «o presidente da União Europeia». Da mesma maneira, «Isabel Pires de Lima» alterna com «a ex-ministra da Cultura»; «José Saramago», com «o (Prémio) Nobel», etc.

Mais ou menos

O Intermarché distribuiu pelo país um cartaz, em prol da segurança rodoviária, que diz: «Seja cidadão. Respeite os peões». Ora, cidadão significa «indivíduo que, num estado livre, goza dos seus direitos civis e que está sujeito a todas as obrigações inerentes a essa condição.» De acordo com esta definição, ou se é cidadão ou ...

Ultimamente a palavra precariedade tem sido muito utilizada nos meios de comunicação social em reportagens relativas a manifestações de trabalhadores descontentes com a sua situação laboral. Só que muitas vezes se ouve e se vê escrito "precaridade" em vez de precariedade.