O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.

Presidenta, como quer que lhe chamem a presinte da Fundação José Saramago, ou  "a" presidente? Maestrina ou "a" maestro? E como chamar às mulheres poetas? Uma reflexão de Ana Martins, na sua coluna "ver como se diz", no semanário "Sol" de 2 de Agosto de 2008.

 

Artigo de Maria Regina Rocha sobre a formação do plural, na coluna "A vez… ao Português", do "Diário do Alentejo", de  1 de Agosto de 2008.

 

 

Formar o plural de uma palavra acrescentando um -s ao singular é a regra geral: todos o saberão. Mas existem p...

O centenário do escritor brasileiro Machado de Assis (1839-1908) é aqui recordado, num texto em linha no Observatório da Imprensa, com a devida vénia .

«Não mudo nem uma vírgula», isto é, «reitero o que disse sem condescender numa alteração mínima que seja». Cá está outro sinal de que vírgula é frequentemente subestimada.

Veja-se este fragmento de uma notícia, sobre mais um caso revoltante de agressões brutais a crianças: «A mãe do menino, com dois anos de idade, foi igualmente punida (…)» (Público, 3/07/08). (...)

Do Brasil, onde o asseio no uso da língua é discutido vivamente na imprensa, chegam-nos colectâneas de artigos sobre questões de gramática e norma. Em Mal Comportadas Línguas, de Sírio Possenti (Criar Edições, Curitiba, 2000), o autor revela o excesso de zelo na correcção de um cartaz político: o texto do cartaz não tinha pontuação e a revista Veja chamou o (célebre) professor Pasquale para o pontuar, assim:

CHEGA DE BATE-BOCA!

CHEGA DE INSEGURANÇA!

GOVERNADOR COVAS,

VAMOS SALVAR SÃO PAULO!

Por Chico Viana

O texto que se segue foi enviado directamente ao Ciberdúvidas para divulgação. Os nossos agradecimentos ao autor.

Quem hoje observa os relatórios das bancas de correção de português depara-se com um fenômeno curioso: a relativa tolerância para com desvios à norma culta da língua. Os chamados «erros de gramática», tão valorizados outrora, parecem faltas menores. São pecados veniais, que por si não levam o aluno ao inferno da reprovação.

Decorreu, no início desta semana, o Encontro Comemorativo dos 20 anos do Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC). Completamente ignorado pela imprensa, o evento teve a originalidade de contar com a participação conjunta de linguistas e não linguistas (jornalistas, escritores, tradutores, professores de português), no debate aceso sobre norma, variação e desvio,...

Gratuito, período, Madail, juiz...

A pronúncia de gratuito e de período. E porque é que Madail – tal como Raul ou Saul, juiz ou raiz  – não têm acento? Tema da crónica de Maria Regina Rocha, no "Diário do Alentejo" de 4 de Julho de 2008.

 

O <i>desde</i> (em espanhol) e o <i>de</i> (em português)

É um dos modismos do chamado futebolês: que se está falar, ou a transmitir, desde daqui ou desde ali. Foi o que se voltou a ouvir, repetitivamente, a propósito da cobertura do Europeu de futebol, na Suíça e na Áustria. Maria Regina Rocha explica neste artigo1 a diferença entre as preposições de e desde em português e no espanhol. E aborda, ainda, a questão dos anglicismos.

 

Os falantes do Português orgulham-se da "intraduzível" palavras saudade, mas há também que olhar para as idiossincrasias linguísticas de muitos idiomas por esse mundo fora.

Que o amor é complicado, ninguém questiona. Mas o povo boro, da Índia, tem vocabulário aparentemente bem mais atento às "nuances" desse sentimento do que muitas línguas. Para eles, "onsay" significa «fingir amar»...