Portugal encontra-se «(...) abaixo da média da União Europeia relativamente à percentagem de mulheres em lugares de topo, de acordo com o Índice de Biodiversidade de Género 2020 (European Institute for Gender Equality)» – assinala a professora e linguista Margarita Correia no artigo "Literacia, trabalho e igualdade", no qual reflete acerca das causas que levam a essa situação. A autora sublinha que, além de os índices de alfabetização, apesar de terem melhorado ao longo das últimas décadas, não serem os desejados, em Portugal, o facto da maior percentagem de pessoas com diplomas do ensino superior ser constituída por mulheres não lhes garante nem lugares de topo em empresas nem melhores salários, muito por culpa da cultura empresarial e institucional.
Artigo publicado originalmente no Diário de Notícias no dia 10 de fevereiro de 2021.