Ensino - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao ensino do português língua materna/língua estrangeira.
O problema da variedade angolana do português
Para um pensamento crítico autónomo

«[S]em uma teoria angolana da planificação linguística e correspondente política linguística não há sinais que assegurem a possibilidade de admitir a existência da variedade angolana do português» – sustenta o professor universitário angolano Luís Kandjimbo num artigo publicado no suplemento Fim de Semana do Jornal de Angola no dia 23 de junho de 2020, a propósito dos constrangimentos institucionais causados pela falta de conhecimento fundado do português de Angola (escrito de acordo com a norma ortográfica de 1945, que continua a vigorar em Angola).

 

Cf.  A questão da variação linguística e a norma Defender a soberania epistemológica + Linguística da literatura angolana +  O Dia Mundial da Língua Portuguesa e o pluricentrismo linguístico em Angola + O português angolano e a variação léxico-cultural no hip-hop

Defender a soberania epistemológica
A qualidade do debate sobre a variedade angolana do português

Sobre a situação linguística de Angola, Luís Kandjimbo considera que «[...] em Angola, os argumentos circunstancialmente dominantes sobre o Acordo Ortográfico não acrescentam razões que assegurem a consistência devida para serem legítimos no debate sobre a variedade angolana do português». Reflexão associada aos textos associados: "O problema da variedade angolana do português" e "Linguística da literatura angolana".

Linguística da literatura angolana
Uma diferenciação já antiga

«[...] [A] linguística da literatura angolana continuará a ser uma fonte inestimável para legitimar o português angolano», afirma o professor universitário angolano Luís Kandjimbo em parte do conjunto de reflexões* sobre o português angolano que publicou em 28 de Junho de 2020 no Jornal de Angola.

 

* Ler também os textos associados: "O problema da variedade angolana do português" e "O problema da variedade angolana do português".

A importância de «dar a cara» <br> para aprender... e ensinar
O senão da ausência visual dos alunos com aulas sem vídeo

«O ensino à distância poderá ser eficaz, se for dinamizado de outro modo» – escreve neste artigo* a professora Lúcia Vaz Pedro, pois «a presença do aluno tem de ser permanentemente observada pelo professor, de modo a garantir a aquisição/ compreensão de conhecimentos.»

*Artigo publicado no jornal Público no dia 2 de julho de 2020.

O ensino do português língua não materna
A escola e os alunos oriundos do estrangeiro em Portugal

Quando a escola portuguesa começou, há décadas, a receber alunos vindos do estrangeiro, não  se lhes deu muita atenção, julgando-se que dominavam a língua dos seus pais. Porém, quando à escola começaram a chegar alunos oriundos de outros países, as atitudes foram gradualmente mudando, lembra a professora Margarita Correia, neste apontamento  emitido no programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 28 de junho de 2020.

 

O <i>ranking</i> das escolas de Portugal em 2019
Prós e contras da sua divulgação

Em 27 de junho de 2020, a comunicação social de Portugal deu relevo à divulgação dos resultados dos exames finais de 2019, dados que, distribuídos por escolas, permitem produzir listas ordenadas – os chamados rankings –, sempre no meio de alguma polémica. Transcreve-se do jornal Público, com essa data, alguns textos que manifestam pontos de vista nem sempre convergentes.

Na imagem, grafismo do dossiê que, sobre a divulgação dos rankings escolares de 2019, o jornal Público disponibilizou em 27 de junho de 2020.

As universidades e as competências <br> para um futuro pós-covid
Caminhos para uma recuperação

«A crise provocada pela pandemia da covid-19 [...] [r]evelou problemas graves sem visibilidade pública, revelou fragilidades, mas também revelou as forças que permitiram responder melhor na proteção da saúde pública e na preservação do tecido económico e social» – defende Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa e antiga ministra da Educação de Portugal (2005-2009), numa reflexão sobre o papel das universidades no quadro da recuperação da referida crise sanitária. Texto saído em 23 de junho de 2020 no jornal Público e adiante transcrito com a devida vénia.

 Ensino@Distância não foi um sucesso
Um remendo necessário longe de uma solução brilhante

«[E]ntrámos de tal forma pela casa dos nossos alunos que tanto eles como os pais passaram a perceber-nos como mais um elemento da família» – afirma a professora Estefânia Barroso, apontando as vantagens e as muitas desvantagens do Ensino a Distância (E@D), alternativa criada pelo Ministério da Educação português no quadro da suspensão ou limitação das atividades escolares presenciais como medida de combate à propagação da covid-19. Texto saído no P3, suplemento do jornal Público em 22 de junho de 2020 e adiante transcrito com a ortografia original.

 «O b-learning deveria ficar para sempre,  <br> mesmo que não haja pandemia»
Defende membro do Conselho Nacional da Educação português

«As escolas devem fazer “a digestão” do que aconteceu e olhar com atenção para os alunos que se desligaram» – lê-se na entrevista que o professor catedrático  português Joaquim Azevedo, membro do Conselho Nacional da Educação, deu à jornalista Helena Pereira, a seguir transcrita na íntegra do jornal Público do  25/06/ 2020 (manteve-se a ortografia de 1945 do original).

O termo inglês b-learning, que abrevia a expressão «blended learning» («aprendizagem ou formação mista») e ocorre no título para aparecer depois ao longo da entrevista, denomina o «processo de ensino-aprendizagem que combina métodos e práticas do ensino presencial com o ensino a distância» (Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa, consultado em 29/06/2020). Na discussão das modalidades de ensino atualmente disponíveis com a generalização dos meios informáticos e digitais, fala-se em ensino presencial, em que os intervenientes estão na presença uns dos outros, no mesmo espaço físico, e de e-learning, termo também inglês (eletronic learning, «formação ou aprendizagem feita por meios eletrónicos, especialmente pela Internet» – cf. Lexico Oxford), que se aplica às situações de ensino à distância que decorrem do uso de meios eletrónicos  (cf. idem, e-learning). Os termos ingleses referidos ainda não têm equivalentes portugueses estáveis e de uso corrente, mas «aprendizagem/formação mista», para b-learning, e «aprendizagem eletrónica», para e-learning, são, entre outras, soluções aceitáveis.

Estudo em casa, crianças invisíveis
Como detetar sinais de risco no ensino à distância

Em regime de ensino à distância, como podem educadores de infância e professores reconhecer sinais de uma criança se encontrar eventualmente em risco? A psicóloga Rute Agulhas dá indicações num artigo publicado no jornal Diário de Notícias em 29 de maio de 2020.