Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Não há como a brutal aspereza do alemão quando o que se pretende é intimidar alguém. Experimente, por exemplo, gritar "Macht es Ihnen etwas aus, wenn ich rauche?", enquanto arranha o ar com os punhos, e vai ver que o efeito é aterrador.

A frase em causa, no entanto, significa simplesmente «Importa-se que eu fume?».



Desterro desconcerto desatino

vai-se a vida em palavras transmudada

vai-se a vida e cantar é um destino

página a página de pena e espada.


Conjura desengano má fortuna

oxalá só vocábulos não

a escrita não se cinde a vida é una

cantar é sem perdão é sem perdão.


Quebrar a regra nenhum verso é livre

outra é a norma e a frase nunca dita

lá onde de dizer-se é que se vive.


Cortando vão as naus a curta vida

transforma-se o que escreve em sua escrita

Lusíada é a palavra prometida.





Por Rui Zink

Rui Zink, no seu blogue, ataca, rápida mas incisivamente, a adopção sobreentusiástica do anglicismo bullying e derivados.

Depois do «há anos (ou meses, ou dias) "atrás"», deve ser o modismo mais ao gosto das ditas elites portuguesas. Não há político, comentador, jornalista, gestor e afins, até professores e escritores (!),  que não pronuncie a palavra latina media como se ela fosse inglesa. O pedantismo só revela ignorância. Foi no que incorreram o presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, e a jornalista autora da peça emitida pela RTP N.1 

O caso Maddie e, por arrasto, o caso Joana continuam a despertar o interesse da comunicação social portuguesa. Desta vez, foi através do programa Sinais de Fogo, da SIC, onde o entrevistador afirmou, referindo-se à mãe de Joana, que «a mulher [fora] batida». O entrevistado, apesar de ter menos responsabilidade que o entrevistador no que respeita à língua portuguesa, refutou a ideia, mas não lhe pegou nas palavras, limitando-se a dizer que «a mulher não [fora] agredida».

Contra a castelhanização forçada num tempo de domínio filipino em Portugal

Extracto de Corte na Aldeia (1619), de Francisco Rodrigues Lobo (1580 —1622), obra constituída por dezasseis diálogos didácticos. A exaltação da língua portuguesa sobressai aqui como evidente manifestação de resistência à castelhanização forçada num tempo de  resistência à castelhanização forçada num tempo de domínio filipino (1580 —1640),  em Portugal, como resposta a um sentimento de inconformismo perante a perda oficial do idioma pátrio.

D’Silvas Filho estabelece aqui o que (não) deve ser seguido na elaboração de um vocabulário ortográfico da língua portuguesa (VOLP), em Portugal, à luz das novas regras do Acordo Ortográfico (AO) de 1990. Críticas e recomendações ao que já foi publicado, neste ...

No excerto do Sermão do Bom Ladrão, de Padre Atónio Vieira, está patente a alegoria feita com alguns verbos e a sua conjugação. Num jogo de palavras, Padre António Vieira vai brincando com o verbo furtar,  por exemplo, usando-o assim para exemplificar outras situações.

D´Silvas Filho argumenta que a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 não depende da prévia publicação de um vocabulário comum, que não deixa de ser necessário e urgente. Artigo disponível na página pessoal do autor.

1. Definição de Vocabulário Comum. Necessidade. Realização

Que estudos linguísticos sustentam o Acordo Ortográfico? É esta a pergunta-argumento de Francisco Miguel Valada em resposta a José Mário Costa.

São diversos os argumentos a favor do Acordo Ortográfico de 1990 (AO 90), mas todos partilham uma característica comum: são rebatíveis, quer no plano retórico, quando de retórica se alimentam, quer no plano factual, quando...