Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Como é sabido, as línguas têm aquilo a que chamamos de “falsos amigos”. Pela semelhança que alguns vocábulos de uma língua apresentam com outra, há a tendência para os associar de imediato, considerando que significam a mesma coisa. Quando estudamos uma língua estrangeira, isso acontece com frequência.

Extrato do poema Evocação do Recife, in Antologia Poética  – Manuel Bandeira, Editora Nova Fronteira,  Rio de Janeiro, 2001.

A língua como ‹‹ovo das galinhas de ouro››
Visões e modulações de uma língua literária riquíssima

«A literatura, espaço natural da liberdade e fator de subversão de tudo o que parece adquirido, constitui a mais legítima, pertinente e coerente proposta para revermos o passado, avaliarmos o presente e perspetivarmos o futuro. O nosso e o dos outros, eventualmente convertidos a uma lusofonia que será sobretudo uma designação de conveniência, sem preconceitos nem pressupostos.»

 

Artigo do professor universitário português Carlos Reis, publicado no quinzenário Jornal de Letras, Artes e Ideias n.º 1003, que aqui se transcreve na integra, por deferência do autor. Texto escrito no original já segundo as novas regras do Acordo Ortográfico

 

Le poète est ciseleur,
Le ciseleur est poète.
              Victor Hugo


Não quero o Zeus Capitolino
Hercúleo e belo,
Talhar no mármore divino
Com o camartelo.

Que outro – não eu! – a pedra corte
Para, brutal,
Erguer de Atene o alti...

«A Pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos econômicos e políticos: – é o idioma criado ou herdado pelo povo. Um povo só começa a perder a sua independência, a sua existência autônoma, quando começa a perder o amor do idioma natal. A morte de uma nação começa pelo apodrecimento da língua.»

 

Outros textos do autor


[…]Pois se francês não foi, replica Lara,
Como monsieur lhe chamam?
                                        Cum sorriso
Lhe torna o padre-mestre: Não se admire,
Que isto está sucedendo a cada passo;
Ao pé de cada canto, hoje, sem pejo
Se tratam de

Contra «a falsificação da língua e tráfico dum pseudoportuguês»

«O verbo checar, num sítio em que pretensamente se divulga o idioma, não é um erro, não é um lapso, não é uma distracção, não é uma comodidade, nem sequer é um expediente comercial dum mercador chinês aflito: é uma fraude», escreve o escritor português Mário de Carvalho, no texto que fica em linha por deferência do autor. Escrito originariamente para um encontro organizado pelo ILTEC em 2008, publicado posteriormente pelo quinzenário Jornal de Letras n.º 1023, de 21 de Abril de 2010.

A adoção do Acordo Ortográfico na agência Lusa

Intervenção com base nas notas a seguir transcritas do então diretor de Informação da Lusa sobre o processo de adoção do Acordo Ortográfico na agência de notícias portuguesa, em Vigo, numa iniciativa conjunta da delegação do Instituto Camões na Galiza e da Porto Editora, a 17 de abril de 2010.

[É com agrado que estou aqui para] falar do Acordo Ortográfico, um assunto que tem para mim, não só como pessoa, mas como profissional, um importância determinante.

Um manual nada rigoroso

Num mundo ideal, os livros não teriam erros. Claro está que não vivemos num mundo ideal, e os erros inundam diariamente a televisão, o cinema, os jornais e os próprios livros. Mesmo assim, os manuais de escrita, jornalística ainda por cima, justificariam um zelo acrescido na utilização da língua.

Plano de Ação de Brasília para a Promoção, <br> a Difusão e a Projeção da Língua Portuguesa

Texto do "Plano de Ação de Brasília para a Promoção, a Difusão e a Projecção da Língua Portuguesa”, anexo à resolução da VI Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), levada a cabo em Brasília, em 31 de março de 2010. Neste documento estabelecem-se estratégias várias e linhas de ação para a internacionalização da língua portuguesa.