Se temos na língua portuguesa a palavra patrocínio, para quê o naming e o branding? «O que será que eles têm contra a língua portuguesa?» Um texto a propósito de as Lojas do Cidadão, em Portugal, passarem a ter um nome comercial.
Se temos na língua portuguesa a palavra patrocínio, para quê o naming e o branding? «O que será que eles têm contra a língua portuguesa?» Um texto a propósito de as Lojas do Cidadão, em Portugal, passarem a ter um nome comercial.
A dicotomia correto/incorreto tem sido uma questão amplamente debatida na literatura, encontrando defensores, mas também muitos opositores.
De um lado, situam-se os normativos, puristas da língua, cuja correção linguística decorre do rigoroso cumprimento da norma escrita, fundada no exemplo dos clássicos da literatura. De outro lado, situam-se os linguistas descritivos, que privilegiam a variação linguística, com base na frequência do uso e cuja máxima é «o povo é quem faz a língua». (...)
Na sua habitual coluna de opinião no Expresso, intitulada Massa Crítica, Luís Marques aborda o contrato do troço de alta velocidade entre Caia e o Poceirão, referindo, a dado passo:
«Depois foram feitas alterações já depois da adjudicação, o que obviamente configura uma descriminação dos restantes concorrentes» (Economia, 24 de março de 2012, n.º 2056, p. 31).
Um “caço” afogado em siglas1. Ou como se o verbo caçar admitisse duplo particípio passado. In jornal i de 23/03/2012.
Ouvi em diversas emissões televisivas a frase do ministro das Finanças português, Vítor Gaspar, que a seguir transcrevo:
«[…] os cortes nas remunerações decididos de novo no Orçamento do Estado para 2012 aplicam-se universalmente, sem exceção e sem adaptação, a todo o universo sobre dependência do Estado» (vídeo).
Nem sempre é fácil acertar com os gentílicos, sobretudo porque em muitos casos não seguem um padrão nas respetivas terminações ou porque recorrem a formas latinas ou latinizadas. E há, como se sabe, casos particularmente intrincados. Nada justifica, porém, que se chame aos naturais da Libéria libaneses em vez de liberianos ou libérios, como fez O Sol numa notícia de 19 de março de 2012. A frase é esta:
«Por isso é que tem este princípio: se se pronuncia, fica, se não se pronuncia, corta-se», afirma à Agência Lusa o investigador convidado do Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho e investigador jubilado da Associação Piaget Internacional, que sábado profere em Coimbra a comunicação Acordo Ortográfico: SOS pelas matrizes profundas da Língua Portuguesa.
Crónica de Ricardo Araújo Pereira onde sobressai a ironia sobre a pobreza da linguagem de ataque pessoal dos políticos portugueses, desrespeitando as normas gramaticais da concordância (sujeito e predicativo do sujeito) publicada na coluna do autor, na revista Visão de 16 de Fevereiro de 2012.
Algumas palavras e expressões, «que não servem para nada de especial» senão como bengalas e tiques linguísticos caractetrísco do discurso oral mais empobrecido neste texto divertido, da autoria do jonalista Manuel Halpern – publicado na edição digital do Jornal de Letras, do dia 9 de março de 2012.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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