Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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«… não é certo que o Ciberdúvidas sobreviva a mais uma crise de patrocínios. Seria incompreensível que ninguém lhe renovasse os trocos. E seria desejável que alguma fundação colhesse os louros fáceis de um financiamento mais generoso, para que o Ciberdúvidas retirasse o Português da coutada das Humanidades e nos trouxesse os contributos das ciências (…).» Artigo publicado no jornal  português“i” de 25/06/2012, que a seguir se transcreve na integra, com a devida vénia ao autor.

 

A confusão entre os substantivos descrição e discrição é muito comum nos jornais portugueses, pouco atentos a estes dois casos de palavras parónimas. Desta vez foi A Bola que, na sua edição online de 12 de junho de 2012, ao transcrever o comunicado de demissão do vice-presidente do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão, referia:

«Essa situação era do conhecimento de um grupo restrito de pessoas, às quais, desde já, agradeço a descrição mantida durante esse período.» (A Bola)

Dia de Camões, da Língua Portuguesa e da Lusofonia

Não se trata, da minha parte, de renegar a “tese” que, há muito tempo, em muitos lugares e de muitos modos, tenho proposto e procurado demonstrar, a saber, de que, «Mais que projeto ou questão cultural e até linguístico-literária, a lusofonia é um primordial projeto ou questão de comum espaço geostratégico e económico-político próprio no globalizado mundo contemporâneo, em que a CPLP ou Comunidade Lusófona...

Um

Nada a fazer: o modismo do "Rónaldo", com o o artificialmente aberto, pegou de estaca no audiovisual português.

A confusão entre os verbos vir e ver é recorrente mesmo na comunicação social escrita. Desta vez foi o Diário de Notícias (DN) que errou ao referir, numa pequena notícia sobre a proibição de as mulheres iranianas assistirem, em ecrãs gigantes, às transmissões públicas dos jogos do Euro 2012:

«Os homens quando vêm futebol ficam excitados, tornam-se vulgares e até dizem piadas porcas» (DN, n.º 52 292, de 12 de junho de 2012, p. 35).

«Aquilo que torna as línguas misteriosamente complementares, como se, juntas, formassem a manta de retalhos que cobre toda a experiência da humanidade, aquilo que mais as distingue são as referências que cada língua comporta.», afirma o jovem escritor José Luís Peixoto, definindo-as como marcas [definições] da nossa história, como espaço de pertença dos que a têm como...

O Conselho de Ministros de Moçambique ratificou [no dia 07/06/2012] o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, segundo informação do ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Oldemiro Baloi.

A posição do Governo de Moçambique relativa à adoção do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa tem em conta a presidência da CPLP, que assumirá a partir de julho, durante a cimeira da comunidade lusófona, que se realizará em Maputo. (...)

Há uns dias numa entrevista ao jogador do Sporting Fito Rinaudo podia ler-se:

«Eles vivem as coisas assim, com pressão mas para mim isso não tem pressão alguma. Se jogo uma final riu-me , pois já joguei no inferno, temos que nos adaptar.» (A Bola, 4 de junho de 2012).

No semanário Expresso(Primeiro Caderno, n.º 2064, 26 de maio de 2012, p. 25), numa notícia sobre uma parceria entre a Cáritas e o Banco Espírito Santo, escreve-se:

«Muitas das solicitações que chegam à organização “são para arranjar emprego”, conta Eugénio Fonseca. “Daí que haja uma componente de empregabilidade na pareceria com o Banco Espírito Santo" […]».

«Ilegal, inconstitucional e displicente» é como considera o deputado do Partido Socialista a decisão do Governo português sobre a obrigatoriedade de uma propina de 120 euros para a frequência dos cursos de português no estrangeiro. Artigo saído no jornal ”Público” de  5 de junho de 2012.