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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

É mais uma tentativa de legislar sobre usos linguísticos: desta vez, a iniciativa é do deputado Raul Carrion, do Partido Comunista do Brasil, e aparece sob a forma de decreto para a proibição de importações como shopping, home page, site ou e-mail. Mas «qualquer investigação superficial no campo da história das línguas naturais deixa claro que toda a interferência premeditada no desenvolvimento de uma língua é invariavelmente frustrada e tem sido, até agora, fadada ao fracasso», prenuncia Tony Saad.

Ainda bem que assim é, pois.

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1. Tendo como objectivos «estimular a consolidação de hábitos de leitura e escrita, promover a produção de originais de poesia e homenagear um grande vulto da poesia — Agostinho Gomes — do município de Oliveira de Azeméis, a Biblioteca do Município promove o XI Concurso de Poesia Agostinho Gomes, cujas candidaturas se encontram abertas até 31 de Maio. Para mais informações, dever-se-á aceder à página do Plano Nacional de Leitura ou à do Portal das Escolas.


2. É digna de nota a publicação de Lexicografia Bilingue. A tradição dicionarística Português-Línguas Modernas, o terceiro volume da colecção «Dicionarística Portuguesa», da responsabilidade da equipa do Corpus Lexicográfico do Português, uma edição do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa e da Universidade de Aveiro, uma fonte de recursos para os que encaram o estudo/conhecimento da língua com prazer e a que o público pode ter acesso através de http://www.fl.ul.pt/dlgr/dicionarios/bilingue/.

3. Os problemas da aplicação do novo Acordo Ortográfico (AO 90) em Moçambique serão tema de conversa com o respectivo ministro da Educação, Zeferino Martins, no programa Língua de Todos  (da próxima sexta-feira, dia 29, às 13h15*, na RDP África, com repetição no dia seguinte, às 9h15*).

Por sua vez, a emissão de Páginas de Português (no domingo, dia 1 de Maio, às 17h00, na Antena 2) debruçar-se-á sobre três realidades: a origem e o sentido das expressões «não há figos para ninguém» e «trabalhar como um mouro»; o apoio mecenático da Fundação Vodafone a mais de 60 projectos — num leque de áreas como o ambiente, a educação, a investigação científica até à língua portuguesa —, a propósito dos 10 anos da sua existência, em conversa com a sua presidente, Luísa Pestana; e, por último, a revelação da carta premiada do mês, em colaboração com os CTT – Correios de Portugal. Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.

4. O léxico — das palavras de uso corrente (antiquíssimo = «muito antigo»; o  significado da palavra caligrafia) a outras do domínio específico de uma determinada área científica, como a da medicina («cirurgia da mão») —, a semântica (o significado do adjectivo novo antes e após o substantivo) e as concordâncias (do adjectivo com dois substantivos coordenados) dominam a actualização do consultório deste dia.

Encontra-se disponível no Facebook uma selecção de conteúdos do Ciberdúvidas.

5. Devido a problemas técnicos ainda não resolvidos, há já algum tempo que o Ciberdúvidas tem estado por vezes inacessível. Pedimos desculpas por esta situação, que esperamos solucionar o mais rapidamente possível.

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A propósito do grupo formado pelos peritos do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu e Comissão Europeia, à frente das negociações para definir um plano de ajuda financeira a Portugal, ocorre ler-se a forma troika, vocábulo russo que, segundo o Dicionário Houaiss, significa «trio; o três; três cavalos (que puxam um carro); comissão de três pessoas; o três do baralho». Convém assinalar que a palavra já está aportuguesada sob a forma troica*, registada no Vocabulário Ortográfico do Português do ILTEC, no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Porto Editora e no VOLP da Academia Brasileira de Letras.

* Antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, este aportuguesamento escrevia-se tróica, tendo passado a grafar-se troica, em conformidade com a Base IX, n.º 3, do referido acordo. 

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1. No Rio Grande do Sul (Brasil), a Assembleia Legislativa deste estado federal aprovou um projecto de lei que obriga a traduzir expressões estrangeiras para português «em todo o documento, material informativo, propaganda, publicidade ou meio de comunicação através da palavra escrita […] sempre que houver em nosso idioma palavra ou expressão equivalente». Trata-se de uma iniciativa do deputado Raul Carrión, que declarou: «Vocábulos estrangeiros enriquecem um idioma, mas o que vemos hoje são palavras consolidadas sendo substituídas por modismos, macaquices e papagaiadas de gente que despreza o português e se sente melhor usando o inglês, sem às vezes nem saber pronunciar.»

2. Regressam as actualizações do consultório, com dúvidas sobre regência, história da língua, semântica e sintaxe. Uma selecção dos conteúdos aqui publicados mantém-se disponível no Facebook.

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1. Várias perguntas no programa Língua de Todos de 22 de Abril (às 13h15* na RDP África; com repetição no dia seguinte às 9h15*): como utilizar a vírgula? Como se pronuncia o w, uma das três  novas letras do alfabeto português? E, ainda, à volta da torrente de termos e expressões da linguagem informática, em inglês: dizemos em Portugal «fazer download», quando no Brasil se usa baixar; e chegamos ao ponto de preferir o "printar", em vez de imprimir. E qual a tradução de headset? As respostas da linguista Sara Leite.

2. Devido à programação especial da RTP 1, no feriado do 25 de Abril, não haverá Cuidado com a Língua! na próxima segunda-feira.

3. O Corpus de Referência do Português Contemporâneo, um corpus linguístico electrónico que contém actualmente 334 milhões de palavras, passa a estar disponível para pesquisa numa nova plataforma em linha, a CQPWeb.

4. Depois de uma pausa durante o período da Páscoa, as actualizações do consultório Ciberdúvidas regressam no dia 26 de Abril, terça-feira. No Facebook, mantém-se acessível uma selecção dos conteúdos aqui em linha.

*Hora oficial de Portugal continental.

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1. Neste dia, incluímos dois novos textos com um tópico em comum: os casos de deturpação vocabular. No Pelourinho, Paulo J. S. Barata surpreende numa peça jornalística a forma "oscultar", variante incorrecta de auscultar. Na Antologia, evoca-se o grande escritor português Vergílio Ferreira (1916-1996) com o conto «A palavra mágica», à volta de um mal-entendido gerado pelo adjectivo inócuo.

3. As actualizações do consultório Ciberdúvidas regressam no dia 26 de Abril, terça-feira, depois de uma pausa durante o período da Páscoa. No Facebook, disponibiliza-se uma selecção dos conteúdos aqui em linha.

2. As Notícias assinalam os 10 anos da Fundação Vodafone, que, entre outros apoios mecenáticos, é uma das entidades que viabilizam o serviço prestado pelo Ciberdúvidas da Língua Portuguesa.


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A propósito da grave crise financeira que assola Portugal, José Mário Costa sublinha no Pelourinho que a abreviação de Fundo Monetário Internacional, FMI*, costuma ser lida como sigla («efe-eme-i»), isto é, proferindo um a um os nomes das letras constituintes dessa forma.

* Em inglês, International Monetary Fund (IMF).

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Tem sido mais ou menos consensual que as sete mil línguas do planeta possuem certos traços profundos comuns. Esta assunção remonta naturalmente a Noam Chomsky e aos conceitos de faculdade de linguagem e gramática universal: bastam apenas algumas regras generativas gerais para que possa ocorrer a montagem de todas as peças da estrutura fundamental de qualquer língua. Mas uma equipa liderada pelo neozelandês Russell Gray, da Universidade de Auckland, num estudo publicado muito recentemente na revista Nature, veio provar que não. Gray e os seus colaboradores examinaram 2000 línguas de quatro árvores genealógicas diferentes e constataram que os padrões de evolução linguística previstos por Chomsky não se verificaram.

Mais estudos virão a seguir a este, seguramente.

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1. O contacto com a palavra escrita, com a grafia de sons difíceis de distinguir (fonemas das letras /b/ e /p/,  /d/ e /t/, e  /l/ e /r/ do português), devido à diferença de vozeamento (surdo/sonoro) — um problema com que os docentes de Português Língua Não Materna se debatem —,  destaca-se como uma das «receitas» para os falantes da língua chinesa. Assim, pela  prática de exercícios escritos, como técnica de memorização das palavras portuguesas, o público chinês, para quem muitos fonemas portugueses são indistintos, acederão  ao domínio da escrita e da leitura, condição essencial para uma oralidade correcta.

2. O projecto Cata Livros, da responsabilidade da Fundação Calouste Gulbenkian, através da Casa da Leitura, abre as portas da sua página electrónica aos mais novos (dos 8 aos 15 anos) para a descoberta de um conjunto de títulos da literatura infanto-juvenil  (com destaque para a produção nacional). Apostando no carácter lúdico e interactivo da leitura das narrativas e dos desafios propostos, este projecto estimula o alargamento dos horizontes culturais do público mais jovem.

3. Os heróis da escrita, que atravessam fronteiras e os tempos, têm destaque no programa  Língua de Todos (da próxima sexta-feira, dia 15, às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h15*). D. Quixote de la Mancha — a figura lendária criada por Cervantes há quatro séculos, personagem incontestável que continua a preencher o nosso imaginário — e o polémico leitão Carnaval da Vitória, à roda do qual gira o enredo da novela Quem me dera ser onda, do escritor angolano Manuel Rui, estão presentes nas conversas em que o conceito de personagem é objecto de análise.  Outro tema: os 10 anos da Fundação Vodafone que, entre outros apoios mecenáticos, é uma das entidades que viabilizam o serviço prestado pelo Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Por razões de programação especial da Antena 2, não haverá o programa Páginas de Português no domingo, 17 de Abril.

4. O léxico — o neologismo nerd;  a distinção entre os verbos promulgar e homologar e partir e quebrar —, a pontuação – colocação da vírgula — e a sintaxe preenchem a nova actualização do consultório. Uma selecção dos conteúdos aqui em linha está também disponível no Facebook.

* Hora oficial de Portugal continental.

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1. Na abertura do 15.º Colóquio da Lusofonia, que decorre em Macau, Evanildo Bechara, responsável pela aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 no Brasil, considerou que a adopção da nova ortografia acarreta para o português brasileiro mais cedências do que para o português europeu: os brasileiros perdem o trema, o acento agudo nos ditongos tónicos de palavras graves como ideia (antes idéia) e o acento circunflexo em voo, enjoo e perdoo (que se escreviam, respectivamente vôo, enjôo e perdôo). O linguista português Malaca Casteleiro, que participa no referido colóquio, admitiu tais cedências, mas sublinhou que, no Brasil, a mudança tem menor impacto do que em Portugal, onde a perda das chamadas consoantes mudas afecta largo número de palavras de uso muito frequente.

2. O Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa (Grupo Gramática & Texto) pretende recrutar um bolseiro de iniciação científica. O anúncio pode ser consultado aqui.

3. Tópicos relacionados com o léxico, a pronúncia, os provérbios e os estudos literários preenchem a nova actualização do consultório. Uma selecção dos conteúdos aqui em linha está também disponível no Facebook.