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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Na China, a professora brasileira Tarsila Borges diz que o português «virou moda», entre outras razões, porque, ao contrário do italiano ou do alemão, é uma língua falada em vários continentes e ganhou projecção em consequência da pertença do Brasil ao grupo dos países de economias emergentes (o chamado BRIC). Pormenores sobre a experiência desta docente em terras do Império do Meio numa peça da Agência Lusa.

2Léxico, sintaxe, ortografia, versificação preenchem a actualização do consultório. Uma selecção de conteúdos do Ciberdúvidas encontra-se disponível no Facebook.

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O ensino do português — e das línguas vivas em geral — já não cabe só na relação interpessoal que decorre dentro de portas de uma sala de aula. As plataformas informáticas, o iPad, o iPhone e o iPod não alteraram apenas o suporte da transmissão de saber, mas modelaram irreversivelmente a relação tutor-aprendente.

Falamos de uma miríade de sítios, desde os mais ou menos avulsos, como o Só Português, até aos internacionais, como o Babbel, aos produzidos por grupos editoriais, como o Plataforma 20, e aos ligados às instituições universitárias, com assento no iTunes U.

Se é verdade que «todo o mundo é composto de mudança», também é verdade que nunca a mudança acelerou tanto.

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I. Estranha notícia esta: o Instituto Camões optou pelas ferramentas linguísticas de uma empresa comercial para a aplicação do Acordo Ortográfico, seja na sua sede em Lisboa, seja nas respectivas delegações e leitorados pelo mundo fora.

Estranha-se, de facto:

1) Para que serviu então o largo investimento do Estado português, através do financiamento do Fundo da Língua Portuguesa, para o desenvolvimento — e sua disponibilização gratuita, via  Portal da Língua — do Vocabulário Ortográfico do Português ( VOP) e do conversor Lince, desenvolvidos pelo ILTEC (entidade de investigação linguística em Portugal, sem quaisquer fins lucrativos)?
2) Será que, com a demissão do governo português, passou a ser letra morta o determinado pela Resolução n.º 375/2010 do Conselho de Ministros, com data de 9 de Dezembro de 2010, determinando a adopção oficial dessas duas ferramentas, consideradas determinantes para a mais fácil, célere  e absolutamente gratuita aplicação do novo acordo ortográfico nos ensinos básico e secundário (a partir de Setembro de 2011) e no restante aparelho de Estado português e suas publicações oficiais (a partir de Janeiro de 2012)?
3) Ou tratar-se-á, apenas, de uma decisão no mínimo espúria da direcção do Instituto Camões e da respectiva tutela, ao arrepio de qualquer lógica política ou salvaguarda mínima dos dinheiros públicos despendidos?

II. A política actual sobre a língua portuguesa em Moçambique será tema do programa Língua de Todos (da próxima sexta-feira, dia 1 de Abril, às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h15*) numa conversa com o professor Gregório Firmino, da Universidade  Eduardo Mondlane, de Maputo. Um outro assunto a explorar: a origem da palavra mandraca. Por sua vez, o programa Páginas de Português (de domingo, 3 de Abril, às 17h00, na Antena 2) será dedicado ao ensino e à difusão da língua portuguesa pelo mundo fora e, em particular, na África lusófona. Esta emissão conta ainda com a carta premiada do mês findo, na rubrica Uma Carta É Uma Alegria da Terra, em colaboração com os CTT, Correios de Portugal. Ambos os programas se encontram disponíveis também em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.

III. Uma mão-cheia de palavras difíceis — ou, melhor, invulgares — preenche uma parte da actualização do consultório. A ironia subjacente à criação de alguns neologismos (tudólogo) e a especificidade de determinados termos científicos do domínio da medicina (litotriptor, litoclastia, «densitometria óssea») destacam-se nas respostas deste dia. A preocupação com o uso correcto da língua transparece das questões sobre regências («ligar com»), a particularidade de algumas  interrogações e as estruturas semelhantes («ciclo infernal» vs. «círculo infernal»). 

Encontra-se disponível no Facebook uma selecção de conteúdos do Ciberdúvidas.

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Uma das formas de superlativo absoluto sintético do adjectivo pobre é paupérrimo, mas o de ocre é ocríssimo, e não "oquérrimo" nem "ocrérrimo". Este é um dos temas abordados nas novas respostas em linha, pelas quais também se fica a saber da existência de várias cidades chamadas Filadélfia sem gentílicos coincidentes: filadelfiano, filadelfeno, filadefiense, filadelfense. Dúvidas sobre etimologia, pontuação, semântica, género gramatical e expressões idiomáticas preenchem ainda a actualização deste dia (não esquecer que uma selecção de conteúdos do Ciberdúvidas se encontra disponível no Facebook).

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1. Engana-se quem pensa não haver hesitação na maneira de pronunciar a consoante que ocorre seis vezes no conhecido trava-línguas «o rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia»: uma nova resposta do consultório assinala a variação regional e geracional entre os popularmente chamados "r gutural" e "r rolado". Mas outros tópicos são tratados na actualização neste dia, salientando-se a sintaxe, entre dúvidas sobre morfologia, léxico, semântica e versificação.

2. Lembramos que o Ciberdúvidas está também no Facebook, com uma selecção das suas actualizações diárias.

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1. Na rubrica Controvérsias, é divulgado mais um texto do deputado português José Ribeiro e Castro, que prossegue a polémica sobre a subalternidade da língua portuguesa no sistema linguístico de patentes da União Europeia.

2. As novas respostas do consultório têm como temas principais as classes de palavras, a semântica lexical, a sintaxe e a ortografia. Uma selecção das actualizações diárias do Ciberdúvidas encontra-se também disponível no Facebook.


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Os relatos de contactos interlinguísticos fazem parte inerente da identidade portuguesa e despontam em relatos de várias épocas, incluindo a contemporânea:

«A aldeia inteira insistiu em carregar os nossos sacos e material até às instalações que nos tinham reservado. Por pouco não nos levaram ao colo, também. Enquanto caminhávamos, fomos todo o tempo à conversa com os anfitriões: eles falavam no dialecto deles e nós respondíamos em português de Campo de Ourique. Foi sempre, ao longo de sete dias, uma conversa civilizada, pacata e interessantíssima. Ainda hoje choro a rir quando me lembro de uma manhã ter ido encontrar o Sr. Pires, rodeado por uma dezena de miúdos kayapós, a explicar-lhes, com grande profusão de gestos, como é que tinha ajudado a montar as turbinas da barragem de Cabora Bassa, em Moçambique» (Miguel Sousa Tavares, Sul. Viagens, Relógio d'Água).

Mas que estratégias e apetências são postas em cena no propósito de compreender uma língua que nunca se ouviu ou estudou antes?

A professora Sanda Rîpeanu, da Universidade de Bucareste, especialista em Linguística Românica, discutirá a questão da intercompreensão entre línguas românicas, guiando os interessados pelo caminho da compreensão de uma língua românica sem prévio ensino formal. Trata-se de uma conferência a ter lugar no dia 29 de Março, pelas 11 horas, na Sala do Legado Leite de Vasconcelos, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

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1. Perante a(s) realidade(s) de oito países de língua oficial portuguesa, poder-se-á falar de uma única política da língua, esquecendo as particularidades dos universos linguísticos e culturais de alguns deles, em que o português convive com o(s) crioulo(s) e com outras línguas nativas, igualmente importantes para os seus falantes? Propensa a reflexão, a controvérsias e a troca de opiniões, a política da língua será tema da emissão de Língua de Todos (de sexta-feira, dia 25 de Março, às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h15*), como objecto de conversa com a professora Inocência Mata, especialista das literaturas africanas em língua portuguesa e docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em foco estará a realidade linguística de São Tomé e Príncipe, em que coexistem a língua portuguesa — a dos poetas Francisco José Tenreiro e Alda Espírito Santo — e o forro, o crioulo são-tomense.

Por sua vez, no programa Páginas de Português (de domingo, 27 de Março, às 17h00, na Antena 2), questiona-se o caso insólito da supremacia da língua inglesa na Universidade Nova de Lisboa, uma instituição de ensino superior portuguesa, em detrimento do idioma pátrio, ao designar como Nova School of Business and Economics a sua Faculdade de Economia. Na mesma linha, surge a interrogação sobre projectos de tradução automática, via Internet. Esta emissão conta ainda com a habitual rubrica Uma Carta É Uma Alegria da Terra, em colaboração com os CTT, Correios de Portugal.

Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.

2. A actualização do consultório debruça-se, especialmente, sobre o léxico — etimologia (pedivela), pronúncia (enxada), grafia (brasão) e expressões correntes («de mochila às costas» e «fazer amor»).

*Hora oficial de Portugal continental.


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1. Artur Agostinho não foi um homem da língua portuguesa, mas foi um emérito seu cultor, nomeadamente na especialidade radiofónica que lhe deu primeira e maior projecção profissional: o relato desportivo. Na excepcional voz com que a natureza o dotara, mas, acima de tudo, no ritmo, na vibração de narração e na riqueza e na criatividade vocabulares, como raros se lhe compararam naquele que é considerado o mais difícil domínio de um locutor de rádio. E, num meio hoje tão empobrecido e inquinado pelo pior “futebolês”, a língua portuguesa fica para sempre a dever-lhe expressões tão sugestivas como «bola ao sabor da relva», «no enfiamento da área» ou «cruzamento largo e tenso». O seu amor pela língua portuguesa ficou ainda para sempre registado na participação — e no especial gosto que fez disso — num programa da actual 7.ª série do magazine Cuidado com a Língua!, representando o papel de alfarrabista, ele que também foi um talentoso actor.

2. No consultório, seis novas respostas esclarecem questões sobre léxico, onomástica, discurso relatado e ortografia. Uma selecção das actualizações diárias do Ciberdúvidas encontra-se também no Facebook.

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1. Os e-books, ou, melhor, os livros electónicos ou digitais, abrem perspectivas para uma aproximação entre os países e as regiões onde o português é língua de comunicação e cultura. Exemplo disso é o livro Do Rovuma ao Maputo — Antologia de Autores Africanos, editado pela eBooks Brasil, o qual revela aos leitores brasileiros como apenas o mar os separa dos países africanos de língua portuguesa. Sobre as literaturas destes países, leia-se um pequeno artigo publicado na versão em linha do jornal moçambicano O País.

2. Na nova actualização, fala-se dos gentílicos relativos a Campinas e ao Havre, de um estranho lugar chamado "anhenha",  de perguntas negativas, e da evolução do latim patrem ao português pai. Recorde-se que o Ciberdúvidas está também no Facebook, com uma selecção das suas actualizações diárias.