A Ciberescola da Língua Portuguesa tem como núcleo duro uma base de dados robusta de exercícios interativos, a realizar online, mas tem também exercícios em PDF, para imprimir. Estes exercícios estão na secção Cibercursos, página de apoio à realização de cursos a distância, que também contém uma área de apoio ao professor de português língua estrangeira. Todas as semanas, esta secção é atualizada com novas entradas. Exercícios sobre colocações que envolvem a palavra vez e vista (rubrica Fichas de exercícios) e uma notícia adaptada — Mulheres são melhores a estacionar do que os homens —, com glossário (rubrica Antologia) foram as últimas entradas.
As alterações na grafia ditadas pelo novo Acordo Ortográfico implicaram, em algumas situações, uma classificação diferente no domínio das classes das palavras. Exemplo disso, e que tem gerado algum inconformismo, é o caso dos meses, hoje escritos com minúscula.
De facto, a atual terminologia linguística, adotada pelo Ministério de Educação português, tendo como referência o Dicionário Terminológico, tem sido dos domínios privilegiados de reflexão no Consultório, sobretudo na área da sintaxe e da classe das palavras. Não há dúvida de que os modificadores (como os de verbo, os apositivos), os complementos oblíquos... modificaram o que estava estabelecido pela gramática tradicional.
Numa frase copulativa com um constituinte oracional, como identificar o sujeito?
Sugerimos uma pequena ronda pelas respostas que temos sobre o assunto:
Oração infinitiva como sujeito
Oração de infinitivo numa frase identificacional
Frases identificacional e atributiva: «a dose é 10 mg» vs. «a dose é de 10 mg»
O sujeito de «Viver é lutar» e «Fumar é proibido»
A sintaxe tem vindo a afirmar-se neste consultório como área de eleição dos consulentes, principalmente no que toca a perguntas vindas de professores e alunos.
Neste dia, damos destaque a um tópico: O que é uma estrutura clivada? Para que servem os processos de clivagem? Nas outras línguas românicas, há processos equivalentes?
Deixamos um punhado de respostas complementado com alguns artigos:
O uso da expressão «é que»
Construção clivada
Que, operador da construção clivada
A função sintática do pronome relativo numa construção clivada
O pronome quem em construções clivadas
Ainda a construção «ser… quem/que…» (construção de clivagem)
Tu é que és
Na sequência do convite dos professores Alexandra Batalha, José Cunha e Carlos Rocha, da Escola Secundária Cacilhas-Tejo, Ana Sousa Martins teve a oportunidade de orientar um workshop sobre as potencialidades da Ciberescola da Língua Portuguesa. As reações dos professores foram realmente gratificantes.
Como sistema vivo que é, a língua depara-se constantemente com o conflito de duas forças igualmente poderosas: a da inovação, que apela à ousadia de integrar novidades, e a da conservação, que, contra-regrando a primeira, garante a unidade do idioma, privilegiando a norma e atuando como modelo da comunidade linguística.
Atento a esta realidade, Paulo J. S. Barata aponta o estranho uso do verbo realizar por perceber/entender/compreender, que já encontra acolhimento em dois dicionários, concluindo que: «o facto de os dicionários registarem por vezes formas abastardadas, ortográfica ou semanticamente, como é o caso, não as cauciona necessariamente na perspetiva da norma culta.»
Sinal evidente da presença destas duas forças são as respostas da atualização do Consultório: o aportuguesamento de nomes estrangeiros, a manutenção (trava-línguas e correlação) ou a alteração na grafia fruto do Acordo Ortográfico, o emprego do itálico, a entrada de novos termos no léxico, a consciência da riqueza linguística geradora de palavras divergentes e o valor das palavras.
Talvez devido à necessidade de se estabelecer a distinção de sentidos que as palavras permitem, os falantes vão procurando introduzir formas (nem sempre corretas) como tentativa para evitarem equívocos, quantas vezes geradores de situações problemáticas.
A introdução de outras pronúncias, a procura de alternativas às formas de tratamento e a criação de novas palavras tornaram-se casos recorrentes no uso da língua.
Há um argumento imbatível na hora de optar pelo livro em papel ou pelo livro eletrónico: a gratuitidade de acesso a todas as obras que possuem a devida licença por parte dos titulares dos direitos autorais ou que se encontram em domínio público. Assim, a Universia Brasil, maior rede ibero-americana de colaboração universitária, presente em 23 países, separou 50 obras clássicas de autores portugueses e brasileiros que estão disponíveis para descarregamento grátis através da biblioteca Domínio Público, do Ministério da Educação — Brasil.
O Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, será o primeiro destino da exposição Jorge, Amado e Universal, a propósito do centenário de nascimento do escritor baiano. A exposição estará aberta ao público a partir do dia 27 de março. Depois de São Paulo, a exposição segue para Salvador, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília e Buenos Aires.
O Coletivo para a Defesa do Ensino do Português no Estrangeiro, criado para contestar os cortes na rede de professores de português na Europa, levou a cabo, no passado dia 14, uma manifestação em frente à embaixada de Portugal em França.
O Instituto Camões anunciou no final de 2011 que iria reduzir, até janeiro, 49 postos de trabalho de professores de português da rede no estrangeiro, sobretudo em França (20), Suíça (20) e Espanha (9).
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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