Aberturas - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Uma língua cheia de duplicações é uma língua de excessos de excrescências? Repare-se na duplicação das formas deadjetivais:

largueza – largura
clareza – claridade
pureza – puridade

Não devia a língua ser exata, não redundante e, em todas as ocasiões, económica? Nenhuma língua natural tem essas características, de facto.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Em destaque na atualização deste dia estão a formação de particípios passados e o uso do dativo de interesse.

Sobre um e outro tópico, sugerimos a revisitação de alguns textos:

Morto, matado e morrido
Dativo de interesse, complemento circunstancial e modificador
Dativo ético e de posse em português
Novamente o pronome de interesse: «Vai-me a casa»

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

O léxico de uma língua é uma espécie de promontório para os estereótipos culturais de uma comunidade linguística: «O tratamento das unidades que designam conceitos relacionados com raça e/ou etnia nos dicionários merece uma reflexão mais aprofundada. Deverão estas unidades ser tratadas sem qualquer reserva no dicionário? Compete ao lexicógrafo definir o que é socialmente correto? Deverá assumir uma atitude meramente descritiva em relação aos dados que descreve?». Margarita Correia, vice-presidente do ILTEC, propõe-se responder a estas questões no artigo «A discriminação racial nos dicionários de língua: tópicos para discussão, a partir de dicionários portugueses contemporâneos». Um tema de renovada atualidade com a ação judicial contra o Dicionário Houaiss, acusado no Brasil de referências «preconceituosas»,  «xenófobas» e «racistas».

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A obra de Guimarães Rosa é uma obra exigente. Parte dessa fama advém do léxico: arcaísmos, regionalismos e neologismos convivem lado a lado na mesma página:

«Quanto aos neologismos, o poeta João Cabral de Melo Neto relataria que, em seu convívio com o autor de Sagarana, presenciara Guimarães Rosa dizer que alguns vocábulos ele próprio, Rosa, os fabricava, quiçá por engenho e alquimia. Por esta insólita razão linguística, o singular inventor reivindicava para si uma espécie de certificado de paternidade: “— Esta palavra eu mesmo a fiz, Cabral”» (in Por que ler Grande Sertão: Veredas).

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A Biblioteca Nacional de Espanha disponibilizou a digitalização de uma das primeiras edições do livro Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. Paralelamente, foram publicados também vários materiais: imagens de época, mapas, livros de cavalaria e sobre o contexto em que a obra nasceu.

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Também no Brasil há vozes que defendem alterações ao texto do Acordo Ortográfico e reclamam por uma posição perentória da Associação Brasileira de Linguística (Abralin). Essa reivindicação passa também pela restituição da linguística aos linguistas:

«Tenho de reconhecer o que diz o prof. Deonísio Silva: "Há uma linguística que é a ciência e séria, mas também há os que se apresentam como linguistas, e o são por titulação, mas não procedem como tal."»

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O Movimento em Defesa do Ensino do Português e o sindicato suíço UNIA vão realizar hoje uma manifestação, no centro de Berna, contra o despedimento de 20 professores do Ensino do Português no Estrangeiro (EPE), que viram as suas comissões de serviço acabar em dezembro, e contra o eventual despedimento de outros professores nos próximos tempos. O Instituto Camões notificou, no início de dezembro do ano passado, 49 professores — 20 em França, 20 na Suíça e nove em Espanha — de que as suas respetivas comissões de serviço terminariam no final de 2011.

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Já terminou o período de candidaturas para a primeira edição do curso Falar e Ouvir em Português, a ter lugar entre 2 de abril e 20 de junho, na Ciberescola – secção Cibercursos. Em pouco mais de uma semana, atingimos quase 40 candidaturas, sendo 20 o limite máximo total de alunos.

Em breve, os candidatos irão receber uma resposta por correio eletrónico.

Alguns dos materiais do curso estarão disponíveis no sítio Cibercursos, na área "Recursos para professores", no menu da esquerda.

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Neste dia, destacamos o artigo Manifesto Antigerundista, que parodia o vício do gerundismo, assim:

«"O que cê vai estar fazendo domingo?", ou "Quando que cê vai estar viajando pra praia?", ou "Me espera, que eu vou estar te ligando assim que eu chegar em casa".

«Deus! O que a gente pode estar fazendo pra que as pessoas estejam entendendo o que esse negócio pode estar provocando no cérebro das novas gerações? A única solução vai estar sendo submeter o gerundismo à mesma campanha de desmoralização à qual precisaram estar sendo expostos seus coleguinhas contagiosos, como o "a nível de", o "enquanto", o "pra se ter uma idéia" e outros menos votados.»

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Como classificar o pronome me em:

«Não me fique assim!»

ou

«Parte-se-me o coração vê-la chorar...» ?

Quando os clíticos não cumprem as funções mais óbvias, como a de objeto direto, indireto ou oblíquo, surgem classificações como dativo de interesse ou dativo ético.

Ler a propósito o artigo A problemática classificação do objeto indireto: das gramáticas escolares aos estudos linguísticos.

Fez um ano que se deu o violento sismo na província japonesa de Fukushima e de tudo o que se lhe seguiu. Um consulente do Ciberdúvidas quis tirar a limpo qual a forma aportuguesada  para este topónimo estrangeiro: Fucuxima ou Fucoxima? Ver a resposta aqui.