1. Dia 1 de junho é o Dia Mundial da Criança (em Portugal, Angola e Moçambique), data assinalada pela primeira vez em 1950 por iniciativa das Nações Unidas, ainda no rescaldo da II Grande Guerra Mundial, com o intuito de sensibilizar a comunidade internacional para os problemas vividos por milhões de crianças um pouco por todo o mundo. Passados 70 anos, muitas crianças ainda não veem respeitados os seus direitos consagrados pela Declaração Universal dos Direitos da Criança. A UNICEF estima que, nos países subdesenvolvidos, inúmeras crianças vivem em dificuldades extremas. Este ano, em particular, a data será celebrada de forma diferente por crianças e suas famílias, mas os motivos que estiveram na sua origem devem continuar bem presentes no espírito de cada um. Este dia é também motivo para recordar algumas respostas disponíveis no Consultório, relacionadas com a palavra criança: «Criança: etimologia», «Nome coletivo de criança», «Enquanto crianças» e «em crianças», «Criança-soldado e crianças-soldado». Sobre o tema, vide ainda o texto «Qual a origem da palavra «criança»?», da autoria do professor universitário e tradutor Marco Neves.
Primeira imagem: desenho de criança.
2. O dia 1 de junho coincide também, em Portugal, com o início da terceira fase do plano de desconfinamento, que determina o fim do "dever cívico de recolhimento" e prevê a abertura de jardins de infância, centros comerciais, cinema e salas de espetáculo, ginásios, entre outros espaços. A área metropolitana de Lisboa estará, porém, sujeita a condições particulares, dado o aumento do número de infeções registado, que determinam o adiamento da abertura de centros comerciais e de lojas com mais de 400 metros quadrados. A reabertura gradual tem ainda motivado a implementação de medidas excecionais na prática dos cultos religiosos e das atividades desportivas. Por seu turno, o setor da aviação pode contar já com o fim das restrições de passageiros. Os diferentes momentos da pandemia continuam a trazer também novas palavras e expressões que vão integrando o glossário A covid-19 na língua. Desta feita, poderão ser consultadas «bolha... de ódio», «pré-covid» e «live».
3. A formação de palavras com base num processo de aportuguesamento nem sempre produz resultados aceitáveis do ponto de vista da norma ou até da sensibilidade linguística dos falantes. Estes são os problemas que as palavras "hacktivismo" e empoderamento acusam e que motivam respostas divulgadas na nova atualização do Consultório. A identificação de funções sintáticas, nomeadamente do complemento oblíquo e da sua distinção do modificador do grupo verbal, também motivam dúvidas quando se processa a análise de grupos verbais como «prolongar-se por várias cenas» ou «morar em casa com a mãe».
4. Na rubrica Pelourinho assinala-se um "erro da pandemia": a "distançia"... apanhada pelo «maldito vírus»...
5. As crianças são também motivo de preocupação pela situação de ensino à distância, que marca a sua aprendizagem no momento atual. O afastamento da escola pode, todavia, encobrir situações de violência ou de negligência, pelo que é importante que educadores e professores se mantenham atentos a alguns sinais, como os que enumera Rute Agulhas, especialista em psicologia clínica e familiar, no seu artigo publicado no Diário de Notícias (aqui transcrito com a devida vénia).
6. A Antena 1 estreia nesta data o programa Serviço Público — Bloco de Notas, destinado ao apoio dos alunos dos 11.º e 12.º anos na preparação para os exames nacionais em Portugal, nas disciplinas de Português, Matemática, História, Biologia e Geologia, entre outras (ver notícia).
7. O universo infantil adapta-se de forma extraordinária às mensagens que a música traz consigo, e as aprendizagens podem também ser veiculadas de forma muito eficaz através de recursos musicais. Por essas razões e porque o dia é especial para as crianças, deixamos aqui a sugestão de algumas músicas que poderão dar outra cor ao Dia Mundial da Criança. Tratam temas relacionados como os professores, os alunos e até aulas sobre gramática: «Um bom professor, um bom começo», «O nome dela é crase», de Prof. Noslen, «Estudo errado», de Gabriel o Pensador, «Anjos da guarda», de Leci Brandão, «Ao mestre com carinho», de Eliana, «Professor e professora», de Jair Oliveira, «Patati Patatá – Homenagem à professoras». Existem estudos e apontamentos diversificados que apontam para a importância da música na construção das aprendizagens, tanto da língua materna como da língua estrangeira. Entre eles, destacamos «Canção: letra e música no ensino de português como língua adicional» , «O uso da Canção no ensino do Português como língua estrangeira», «Música no ensino de gramática», «A MPB e sua contribuição para a língua portuguesa», «Música como ferramenta pedagógica no ensino de língua à luz da gramática analítica reflexiva». Para terminar, uma sugestão a recordar a importância do livro físico e das sensações na aprendizagem: «O cheiro dos livros», do grupo musical Cabeças no Ar: