Como temos vindo a anunciar, eis-nos de regresso em 1 de setembro, para retomarmos as atualizações regulares destas páginas, sempre no intuito de divulgar, esclarecer e debater os muitos temas relacionados com as normas e os usos que definem o português onde quer que ele se fale e escreva. Neste dia, dando precisamente testemunho dos desafios enfrentados pela nossa língua comum na atualidade, ficam em linha novos artigos e novas respostas, a saber:
– Começando pelo Pelourinho, transcrevemos um texto publicado no jornal Público em 29/06/2015 e da autoria de João André, professor português a trabalhar no Reino Unido, a propósito da expressão «Lisbon South Bay», disparatado anglicismo com o qual pretendem rebatizar, para fins promocionais, uma região da Grande Lisboa, à beira-Tejo – a chamada Margem Sul, também tradicionalmente conhecida como «a Outra Banda».
– No Correio, um consulente queixa-se de dois erros inadmissíveis em programas de televisão: usar incorretamente ponto em vez de vírgula, quando se escrevem números decimais; e a irritante confusão do futuro do conjuntivo com o infinitivo pessoal quanto se usa ter ou os seus derivados (por exemplo, manter).
– Na rubrica Controvérsias, sobre a exclusão do português do sistema de patentes da União Europeia, disponibilizamos mais um artigo do ex-deputado português José Ribeiro e Castro, completando a réplica que este deu à opinião que polemicamente manifestou sobre o assunto o eurodeputado Paulo Rangel, ao resumir a posição de Ribeiro e Castro a uma «bravata serôdia» (texto também em linha aqui).
– Em O Nosso Idioma, uma crónica do professor e jornalista angolano Edno Pimentel centra-se na troca da grafia têm, correspondente à 3.ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ter, pela forma incorreta "tenhem".
– No consultório, aprende-se a pronunciar um nome que vem do tempo dos faraós, explica-se a razão por que cafezinho não tem acento gráfico e indica-se o plural do adjetivo pró-social.
Entretanto, prossegue Mambos da Língua – O tu-cá-tu-lá do português de Angola, um programa realizado numa parceria do Ciberdúvidas com a Rádio Nacional de Angola. Trata-se de um espaço didático de curtos apontamentos diários à volta de palavras, frases e expressões dos usos do português, escrito e falado, em Angola (na imagem, a serra da Leba, no sul deste país).Tópicos dos novos episódios: a diferença entre direto e direito (79.º episódio); e os significados de dipanda, kimbanda e kianda, angolanismos de origem banta (80.º episódio).